Record (Portugal)

Marega deixou a alma em Anfield

- Alexandre Carvalho Subchefe de redação

FC Porto trouxe de Liverpool uma derrota por 0- 2, mas o resultado poderia ter sido significat­ivamente diferente se Marega tivesse acertado uma das quatro (!) oportunida­des que teve para marcar. Numa prova com a exigência da Liga dos Campeões, desperdiça­r chances como as que o maliano falhou tem um custo extremamen­te elevado.

Mas ‘culpar’ Marega do resultado negativo é, acima de tudo, injusto. Não porque o camisola 11 do FC Porto mereça maior benevolênc­ia por ter 6 golos em 8 jogos na Champions; nem tão-pouco por ter enfrentado o melhor central da atualidade (Van Dijk) e um dos melhores guarda-redes do Mundo (Alisson). É injusto porque, apesar de não ter fi

NÃO TENHO DÚVIDAS DE QUE, SE FOSSE A FAVOR DO LIVERPOOL, MATEU LAHOZ TINHA DADO DOIS PENÁLTIS

cado na lista dos marcadores, o maliano deixou o coração e a alma em Anfield.

Marega está longe de ser um poço de virtudes. Aliás, tivesse o camisola 11 do FC Porto maior qualidade técnica – melhor controlo de bola e maior eficácia no remate – e certamente já não estaria em Portugal. Um qualquer clube inglês (e nem precisa de ser nenhum tubarão) já teria viajado até à Invicta, pagando, sem pestanejar, os 40 milhões de euros da cláusula de rescisão.

Se é para culpar alguém, então a escolha é óbvia: Mateu Lahoz, o árbitro espanhol deste jogo, que mesmo com a ajuda do VAR não conseguiu ver dois penáltis a favor do FC Porto e a entrada duríssima de Salah sobre Danilo, merecedora de vermelho direto. A minha pergunta é a mesma que faço em Portugal, quando os lances são contra as equipas grandes: e se fosse do outro lado? Pois...

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