CONHEÇA A AUDITORIA AO CLUBE
TÍTULOS NAS MODALIDADES CUSTARAM 20 MILHÕES EM 5 ANOS * 80 MIL EUROS EM BRINDES CHINESES POR EXPLICAR
Mais de 20 milhões de euros em salários, nas modalidades ditas amadoras, pagou Bruno de Carvalho, durante os cinco anos em que esteve à frente dos destinos do Sporting. Esta é uma das conclusões que pode retirar-se da auditoria realizada pela Baker Tilly à atividade do clube, entre 2013 e 2018, e da qual se conclui que o forte investimento feito, especialmente nas modalidades de pavilhão, teve a devida correspondência em títulos, mas não num aumento sustentado das receitas.
“Os proveitos operacionais passaram de 7,3 milhões de euros, em 2014, para 13,1 milhões de euros em 2018, mas o EBITDA diminuiu, em função da aposta nas modalidades”, lê-se no relatório enviado ao clube a que Record teve acesso, que acrescenta, mais adiante: “O passivo do clube excede em cinco vezes e meia as receitas totais”, o que denota a “eventual falta de capacidade de o clube reembolsar o elevado passivo financeiro contraído na sequência da assinatura do Acordo Quadro. Desde 2015 que o clube não reembolsou capital das operações de crédito associadas a este acordo”. Condicionalismos à parte, a realidade é que, entre 2013 e 2018, o Sporting mais do que triplicou a massa salarial nas modalidades, reativando duas delas (o voleibol e o hóquei em patins) e conquistando títulos de campeão nacional no futsal, andebol, hóquei em patins, voleibol e atletismo.
Os custos foram no entanto elevados. Como refere o relatório da auditoria, neste intervalo, o passivo financeiro passou de 4 para 72 milhões de euros. *
“PROVEITOS PASSARAM DE 7,3 PARA 13,1 MILHÕES DE EUROS, MAS EBITDA DIMINUIU PELA APOSTA NAS MODALIDADES”