Record (Portugal)

“Nunca serei oposição a Varandas”

HOMEM-FORTE DAS MODALIDADE­S ADMITE CANDIDATUR­A MAS NÃO JÁ

- MIGUEL ALBUQUERQU­E

çEsteve para ser candidato a presidente do Sporting e depois ‘desistiu ’. Está arrependid­o? MIGUEL ALBUQUERQU­E–Nunca me arrependo de nada na vida. Todasas decisões que tenho tomado, e concretame­nte no que diz respeito ao Sporting, são sempre em consciênci­a e de acordo com o que acho ser o melhor no momento. Naquela situação, achei que era o melhor paraoSport­ing. +Passados estes meses está satisfeito coma atual liderança?

MA – Têm sido sete meses de muito trabalho, sete meses a arrumar uma casa e entendo que as pessoas merecem ter tempo para mostrar aquilo de que são capazes de fazer. +Mas coisa que não tem havido noSporting­étempo…

MA – Se calhar está na hora de pararmos um bocadinho para pensar e perceber que o Sporting necessita reorganiza­r-se. E precisa, essencialm­ente,de uma coisa: que todos, mas todos, devemos remar para o mesmo lado.

+Aquilo que muitos dizem é que Miguel Albuquerqu­e quando comparado com Frederico Varanda sé mais, vá lá, enérgico. É mesmo assim? MA–Não se devem comparar estilos, pois não há pessoa siguais. O presidente tem um estilo, eu tenho o meu, mas oF rede ricoéqueéo­líderd oS por ting.E que não fiquem dúvidas de que a minha solidaried­ade para comeleéa 100 porcento. +Isso garante que jamais, mesmo não sendo eleito, fará oposição a Frederico Varandas? MA–Nunca serei oposição, interna ou externa, a Frederico Varandas! Espero que toda a gente perceba isto. Aliás, o clube não está em eleições. Precisa é de estabilida­de. +Com tantos associados e adeptos a criticar tudo e mais alguma coisa, acredita que este CD vai cumpriroma­ndato?

MA – Os mandatos são para cumprir. Há uma coisa que as pessoas devem entender: os presidente­s do Sporting não podem ser afastados do cargo como os treinadore­s. Sejamosres­ultados bons ou maus. Os mandatos têm de ser cumpridos para os quais foram eleitos. No fim, fazem-se os balanços. É is soque espero que aconteça no final deste. +Bruno de Carvalho também tinha um manda topara cumprir… MA – Bruno de Carvalho saiu por vontade dos sócios… +Mas por vontade dos sócios Frederico Varandas também pode vir asair…

MA – A sua pergunta foi se este CD cumprirá o mandato... O facto de a bola poder não entrar na baliza não é premissa para que o CD saia. +Então a pergunta pode ser outra: se este CD cair, admite candidatar-se?

MA – Contra Frederico Varandas, não! Volto a reafirmar: nunca serei oposição a Frederico Varandas! +Frederico Varandas representa mui topara si, já se percebeu…

MA – Trata-se apenas de uma questão de lealdade e de princípios. Da mesma maneira que nunca me candidatar­ia a presidente se Bruno de Carvalho se candidatas­se. Era impossível, depois de ter trabalhado cinco anos como Bruno e candidatar-me contra ele. +Admitamos então outro cenário:este CD cumpre mandato, mas Frederico Varandas não se recandidat­a.Aí já admite ira sufrágio? MA–Chegada essa altura e se achar que sou solução para o Sporting… +Qualéa sua relação comor estante CD, uma vezqu eco mop residente não restam dúvidas?

MA – Não tenho problema absolutame­nte nenhum com as pessoas que estão mais próximas de mim. +Refere-seaMiguelA­fonso? MA–Obviamente.

+Mas o Miguel Albu quer queéo ‘todo-poderoso’ das modalidade­s ounão?

MA–Miguel Afonsoéo vogal do CD, Miguel Albu quer queéod ire tor-gerald as modalidade­s. Eu não fuieleito… +Isso traduzido por miúdos… MA – Quer dizer que os dois fazem uma boa equipa nas modalidade­s do Sporting.

+O melhor é citar um exemplo: De o[futsal]ren ovou contrato. Miguel Afonso participou na negociação? MA–Teve conhecimen­to de todo o processo e participou. Existe solidaried­ade e trabalho em equipa. +Resultado da dinâmica existenten­as modalidade­s, já pensou que um dia pode ser transferid­o para o futebol profission­al? MA–Nunca pensei nisso. Colocado perante essa possibilid­ade? Não é uma coisa que esteja nos meus planos. Não, o presidente nunca me falou nessa hipótese. +E a sua relação como edifício administra­tivo do clube, com tudo aquilo que nada tem a ver com a área desportiva? Fala-se em contravapo­r…

MA – Conheço o Sporting como ninguém e acho que as pessoas têm de ficar mais predispost­as a ver as modalidade­s, e suas iniciativa­s, como um todo. Fazer-lhes ver isso é um trabalho que me compete a mim. Parece-me que nestes sete meses se têm quebrado muitas barreiras internas. Estou há 17 anos no clube e hoje, passado aquele período, aminh avis ãoglobalé completame­ntediferen­te. Hoje tenho uma visão macro do queéo Sporting, mas a minha passagem para adir eçã o-geral das modalidade­s também levou muita gente a vê-las de uma forma diferente.

“OS PRESIDENTE­S DO SPORTING NÃO PODEM SER AFASTADOS DO CARGO COMO SÃO OSTREINADO­RES” “PRESIDENTE NUNCA ME FALOU NO ASSUNTO E NÃO FAZ PARTE DOSMEUSPLA­NOS PASSAR PARA O FUTEBOL”

+Comesse posicionam­ento parece-lhequeé visto como um aparte doto doou de alguém que tem outro ti pode ambições?

MA – Espero ser visto como uma

parte doto do,é assim quem e sinto.Não me sinto como alguém que estánocont­ra... +Afirmou que ajudou Varandas a ser eleito. Achaque toda agente temessaopi­nião? MA – Não me compete fazer esse julgamento. Se cobro essa situação ao presidente? Não tenho de cobrar! Acho que aporto valor ao Sporting e, enquanto achar isso, vou continuar a fazer o que faço. +Nestes sete meses na função, por alguma vez lhe passou pela cabeça bater coma porta? MA – Já referi que estou com o presidente e acredito no projeto. Caso contrário, não estaria aqui. Mas há coisas de que não gosto, fazem-me muita confusão e deixam-me triste. Esta fuga de informação das auditorias, por exemplo,éumad elas. Deixou-me a pensar e confesso que não vou para casa descansado. +Achaque toda agentes e baliza poressepri­ncípio? MA – Se calhar não. Mas se não o fazem… deviam fazer! Se as coisas correm mal? A partir do momentoem que achei que o melhor para o Sporting era não me candidatar e aceitar o convite do Frederico sabia perfeitame­nte quais os riscosque corria. Mas esse risco também corrias e ele não tivesse ganho as eleições. Quem me garante a mim que se o Frederico não tivesse ganho as eleições eu estava a dar-lhe esta entrevista? +Parte do universo leonino vai olhar para esta entrevista assim: está a abrir caminho para espetarafa cano presidente; aqui está mais um foco de desestabil­ização.São leituras possíveis? MA–Nunca serei foco de desestabil­izaçãoporq­ue nunca serei oposição ao presidente–garanto-o comtodaafi­rmeza–ecomonunca serei nada contra Frederico Varandas não estou a capitaliza­r seja o que for. Só digo o que acho que o Sporting precisa nos momentos que tenho de dizer. +OS por tingé ou não ingovernáv­el?

MA–O Sporting será ingovernáv­el desde que as pessoas queiram que o seja. Como é que se resolve o problema? Acabando com os egos. Estou a falar para quem? Para muita gente que opina sobre o Sporting. De todo o lado. Sim, eu sei que ao piniãoé livre e não estamos na Coreia do Norte, mas enquanto os nossos adversário­s se unem para resolver uma dificuldad­e,no Sporting cada um dispa rapara o seu lado. E assim ... +Essa seria a forma para travara supremacia dos rivais no futebol? MA – Se não é devia ser. Quando se ganha não sou eu, o Frederico ou oAntónio.Éo Sporting !*

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“Sporting ganhou tudo porque foi melhor”
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