Record (Portugal)

ALEX MELHOR DO QUE PAPÁ TAYLOR FRITZ

- JOSÉ MORGADO

NORTE-AMERICANO FOI PAI AOS 19 ANOS Davidovich venceu duelo de campeões juniores diante de Fritz, que teve o filho Jordan na bancada

Não é uma novidade que muitos dos melhores jogadores do Mundo já tenham família constituíd­a –Roger Federer tem quatro (!), Novak Djokovic dois, Andy Murray dois e Stan Wawrinka uma, por exemplo, mas Taylor Fritz, número 56 mundial, é segurament­e o ‘papá’ mais jovem do ténis mundial. O norte-americano de 21 anos, antigo número 1 mundial de juniores (em 2015, com 17 anos), jogou ontem pela primeira vez em Portugal sob o olhar atento do seu pequeno filho Jordan, de 2 anos, que nasceu meses depois de Fritz, então com 19, casar com Raquel, uma extenista que deixou a modalidade para se dedicar... à família.

O desafio de ser tenista profission­al e pai é ainda maior quando se está a iniciar a vida no circuito, como é o caso de Taylor. “Não é fácil, mas é uma bênção: eu tenho um filho e amo-o. É simples. Não passei a treinar menos desde que fui pai. Mantenho exatamente as mesmas rotinas de treino e competição e tento passar o máximo de tempo com o meu filho. Mas há que ter a sorte de ter uma grande mulher ao meu lado, como é o caso”, garante. Ontem, entre umas fatias de pizza e uma sesta ao colo da mãe Raquel, Jordan acabou por não ser talismã para o papá Taylor, que foi eliminado na 1ª ronda diante do espanhol Alejandro Davidovich Fokina, um qualifier que está em grande no torneio português, por 7-6(3) e 6-4, num duelo em que Fritz... nem jogou mal. “Defrontei o Djokovic [em Monte Carlo] e o Nishikori [em Barcelona] nas últimas semanas e ele [Davidovich] jogou tão bem quanto estes”, desabafou.

Fritz, que trouxe a sua família para a Europa pela primeira vez, ruma agora a Madrid, depois de ter sido o único tenista americano (costumam ser um pouco ‘alérgicos’ à terra batida) a competir em toda a tradiciona­l temporada de pó de tijolo na Europa. E até tem feito bons resultados...

Rebelde e eufórico Alex

NÚMERO 56 MUNDIAL FOI PAI AOS 19 ANOS: “NÃO É FÁCIL MAS É UMA BENÇÃO. TENHO UM FILHO E AMO-O. É SIMPLES”

Alejandro Davidovich nasceu em Málaga, cresceu e aprendeu a jogar ténis em Espanha, mas a sua ascendênci­a russa e sueca faz com que a personalid­ade (e o ténis que joga) sejam... diferentes.

No circuito – especialme­nte Challenger –, o número 167 ATP tem fama de ser um pouco ‘doido’ e alguns dos pontos que protagoniz­a tornam-se rapidament­e virais. Ontem, o campeão de Wimbledon júnior em 2017 somou a primeira vitória ATP num país... em que se sente em casa. “Sou de Málaga e venho a Portugal há muitos anos jogar torneios, dos diversos escalões. Sintome como em casa e esta vitória é muito especial para mim. Derrotei um top 100, somei a minha primeira vitória ATP e nunca esquecerei este momento. Estou muito orgulhoso”, assumiu. *

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ATENTO. Jordan, de dois anos, viajou pela 1.ª vez para a Europa para ver o pai competir. Mas Fritz acabou surpreendi­do na primeira ronda

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