Genial Messi e um ‘fake’ Special One
Abro as páginas dos jornais e descubro que em quase todas elas há um denominador comum: Messi. É natural que assim seja, pois o argentino voltou a mostrar a sua genialidade nesta 1.ª mão e, a não ser que ocorra um ‘cataclismo’, colocou o Barcelona em mais uma final da Liga dos Campeões.
Recordo, todavia, aosmenos atentos que não foi só anteontem que Messi funcionou como denominador comum: já o tinha sido quando ‘deu’ uma Champions a Luis Enrique e duas a Guardiola. E mesmo a que Rijkaard conquistou, a ele também algo ficou a dever. Talvez Valverde entre agora para esta lista de privilegiados…
Claroque umareviravoltaé sempre possível, mas se esta não ocorrer, Jürgen Klopp perderá de certeza aquele seu sorriso e, pior do que a azia que sentirá, corre o risco de terminar mais uma época em que apenas confirmará o ‘brilhante’ palmarés que ostenta nas quatro épocas que leva ao comando do Liverpool: títulos igual a zero!
Mas“fizemosumaexcelente exibição”, diria o alemão no fim do jogo. Pois fizeram, mas enquanto na outra eliminatória o Ajax juntou o agradável ao útil e bateu, em Londres, o Tottenham, os de Liverpool saíram com pesada derrota. E excelentes exibições não chegam para justificar os milionários investimentos. Títulos é algo que os adeptos e também os investidores exigem.
Voltandoaosjornais, descubro num dos conceituados desportivos italianos que, afinal, o nosso Special One não é o verdadeiro. O ‘Speciale’, afirma o escriba, é de facto António Conte, pretendido por todos, em Itália e não só. É uma amostra da forma como lá por fora a imprensa defende com unhas e dentes os conterrâneos, ao contrário do que, com demasiada frequência, acontece por cá. Por cá, gostamos mais de colocar defeitos aos vencedores, sobretudo aos que se impõem no exterior. Ora, como gosto de defender os meus compatriotas, recordo ao tal escriba que Conte para ser tão ‘Speciale’ como o Special ainda lhe falta ganhar umas coisitas. Tipo... duas Ligas dos Campeões. Até lá, será um ‘fake’ special one.