Record (Portugal)

A CERTEZA DE UM DESEMPAT

Foram precisos seis jogos para decidir as três primeiras finais entre ambos no Jamor e a última tem um tal de... Tiuí

- ANTÓNIO MENDES

Leões e dragões encontrams­e este sábado pela oitava vez no Jamor, mas apenas têm duas Taças cada um nestes confrontos, no primeiro sinal de equilíbrio nesta velha rivalidade e um sinal de outros velhos tempos quando havia finalíssim­as para desempatar: foi esse o caso nas três primeiras ocasiões em que FC Porto e Sporting se encontrara­m no momento decisivo e por isso é que há três jogos a mais nestas contas.

Certo é que os dois emblemas olham para esta final de 2019 como a do verdadeiro desempate, até porque ambos têm precisamen­te 16 conquistas, sendo que a primeira vez emque se encontrara­m no Estádio Nacional foi no dia 17 de junho de 1978 e com um empate a uma bola. Uma data mais importante no universo dos dragões que, uma semana antes, tinham conseguido quebrar o histórico jejum de 19 anos sem ganhar o campeonato pela mão do mestre da tática José Maria Pedroto. Mas seria o leão Rodrigues Dias a levantar o caneco no dia 25 de junho, na tal primeira finalíssim­a e no primeiro ato de uma história que teve ainda mais confrontos para contar. No dia 10 junho de 1994, a final entre leões e dragões teve um sabor certamente mais especial para Bobby Robson, que tinha sido despedido a meio da época do Sporting e teve a sua ‘doce’ vingança ao serviço do FC Porto.

Um penálti marcado por Aloísio, já em pleno prolongame­nto do segundo jogo, acabou por decidir tudo, numa final que ainda hoje é mais lembrada pela forma triste como acabou, com a própria Ministra da Educação, Manuela Ferreira Leite, a ser atingida por uma garrafa em plena Tribuna Presidenci­al, perante a fúria dos adeptos do Sporting, que não se conformara­m com a derrota. Sousa Cintra, na altura líder dos leões, pediu desculpa pelo comportame­nto, mas não deixou de criticar a atuação do árbitro José Pratas... Já em 2000, o segundo jogo acabou decidido por um livre de Deco e decorreu sem problemas, apesar da expulsão do espanhol Toñito. A polémica tinha vindo da final, quatro dias antes, pois uma cotovelada do argentino Acosta tinha levado Paulinho Santos para a mesa das operações.

Por fim, em 2008, o jogo da vida de Rodrigo Tiuí, que decidiu a final com dois golos no prolongame­nto, o segundo com um espetacula­r pontapé de bicicleta. Esse jogo deu a Tiuí um contrato chorudo de quatro anos com os leões, ele que, agora com 33 anos, joga no Uberaba, no Campeonato Mineiro. *

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