Record (Portugal)

O MARTÍRIO DE GUEDES

Antes da final da Taça do Rei contra o Barcelona, o craque do Valencia falou sobre uma época “atípica”

- DANIEL LOPES MONTEIRO

“JOGUEI COM DORES E FIZ TUDO PARA ESTAR BEM. NÃO QUERIA DEIXAR DE AJUDAR A EQUIPA”, DISSE O INTERNACIO­NAL LUSO

Falta apenas um jogo para que o pano do futebol espanhol desça. Em vésperas de o Valencia defrontar o Barcelona na final da Taça do Rei (encontro marcado para o próximo sábado), Gonçalo Guedes contou todas as dificuldad­es que teve de enfrentar e falou da temporada “atípica”.

“Tem sido uma época muito diferente do normal: cheguei no final do mercado, sem minutos de competição, apenas com um mês e meio de treinos e começar aqui com um jogo na Liga dos Campeões e outro na liga não foi fácil. Tentei adaptar-me ao ritmo o mais rápido possível e, quando estava quase, tive a lesão e isso desanimou-me muito. Depois, o regresso também não foi fácil. Achei que seria mais fácil recuperar. Tive momentos muito maus, mas superei com o apoio de todos, da minha família e dos meus companheir­os. Não fiz a época que gostaria, mas temos que enfrentar as dificuldad­es como elas são”, afirmou ao jornal ‘Marca’. O avançado, de 22 anos, que marcou oito golos em 38 jogos disputados, foi submetido a uma cirurgia ao quinto metatarso do pé esquerdo no final de novembro passado e, um mês depois, voltou à mesa das operações devido a uma pubalgia. Guedes recordou todo o martírio. “Joguei com dores e fiz tudo para estar bem. Não queria deixar de ajudar a equipa. Por isso, tentei, mas chegou a um ponto que não aguentei mais. Se jogava, era porque me sentia melhor, com menos dores. Quando descansava bem, fazia os treinos e o tratamento, mas no final dos jogos doía-me muito. E chegou um momento em que decidimos que era preciso operar”, realçou.

Sem promessas pelo troféu

Apesar de admitir que o Barcelona é “uma das melhores equipas do Mundo” e que é preciso ter “atenção a Messi”, Guedes garantiu que o Valencia “vai lutar” pelo troféu da Taça do Rei, mas recusou assumir um compromiss­o. “Uma vez, fiz uma promessa e não gostei. Tive de rapar a cabeça. Foi há sete anos e não volto a fazer. Não há fotografia­s, apaguei-as todas.” *

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AO ATAQUE. Guedes quer superar Messi e erguer pela primeira vez a Taça do Rei

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