O CAFÉ ONDE LAGE NUNCA MAIS VOLTOU
Treinador é conhecido dos vizinhos que quase o perderam de vista após passar à equipa principal
A goleada aos pés do Bayern Munique em novembro deixou Rui Vitória por um fio no Benfica mas ainda acabaria por aguentar pouco mais de um mês no cargo. Quem se viu acossado pela possível sucessão foi Bruno Lage, o então treinador da equipa B. “A minha cara ficou estampada em tudo o que é sítio e já não posso ir beber um café descansado”, contou na altura o técnico, que trocou a Premier League pelo segunda equipa dos encarnados em julho. Vítor Nascimento, sócio gerente do café Meia Lua, confirmou a Record que o homem de que “o Portugal do futebol agora fala” ali tomava café todas as manhãs antes de arrancar para o Caixa Futebol Campus, onde agora passa a maior parte do tempo. “Já foi um cliente habitual
“JÁ FOI CLIENTE HABITUAL. SÓ PELA TELEVISÃO É QUE SOUBE O NOME DO BRUNO LAGE”, DIZ O GERENTE DA PASTELARIA
do café antes de ser treinador da equipa principal do Benfica”, constatou, garantindo que não reconhecia o morador das redondezas, que passeia sempre que pode com o filho no pouco tempo livre que tem.
“Era atendido como outro cliente qualquer. Nunca despertou nenhuma atenção em especial e só pela TV é que soube o nome dele. Nunca senti que fosse treinador de futebol”, garantiu Vítor, homem que gere a pastelaria situada nas imediações de vários bairros de habitação social. “Já se diz com orgulho que ele mora aqui”, atirou ainda num sentimento partilhado por Alexandra, funcionária de uma pizzaria muito apreciada por Jaime, filho de Lage. “Ele adora-as e já posso dizer que sou amiga do filhote”, reiterou, vincando que já dava de caras com o treinador português, de 43 anos, ainda antes de este cumprir uma etapa profissional em Inglaterra. “Abrimos há uns 4 anos e ele costumava vir cá tomar o pequeno-almoço com a mulher e a sogra. Deixou de cá vir e entretanto passou cá uma vez por outra. Só o conheci por causa da televisão. ‘Olha o meu cliente!’”, sublinhou Alexandra sobre um homem simpático que “tenta passar despercebido apesar dos seus 1,90 metros”. *