Verdade desportiva no Benfica
O Benfica foiamelhorequipa da Liga e merece o campeonato que conquistou. Luís Filipe Vieira declarou, apropósito, que “avitória do Benfica neste campeonato foio triunfo daverdade desportiva”. Não é bem assim. Estamos muito longe de atingirum estádio de desenvolvimento emtorno danossa Liga que nos permita afirmar, sem reservas, que se reuniram as condições essenciais para haververdade desportiva nas respectivas provas internas. O VAR, apesardo ruído, é importante,mas já sabíamos que não era suficiente (aio bom senso…), não apenas porque o sistemaprecisa de seraperfeiçoado,mas também porque háoutras iniciativas paralelas que necessitam de seracauteladas e implementadas. Vivemos numfutebol emque é permitido todo o tipo de mecanismos dilatórios para se atrasar(ou mesmo anular, nuncase sabe) o efeito de interdição do Estádio daLuz. Esta Justiça, avárias velocidades, não se coadunacom aespecificidade do futebol. E se aespecificidade do futebol é o argumento usado para se criaruma‘justiça desportiva’, essa ‘justiça desportiva’ tem de se ajustarao princípio daintegridade das competições. E já agora Luís Filipe Vieira, se quer que se acredite naafirmação de ontem segundo aqual ‘não vejo ninguém do Benfica aentrarem polémicas’, seria bomclarificar ou acabarcom os patrocínios (in)directos afiguras como os ‘imperadores-Césares’ ou àqueles que, nas redes sociais, fazem o trabalho sujo. Isso, sim, seria elevaro Benfica ao patamarde grande instituição que é.