Record (Portugal)

UM POLEIRO PARA DOIS

- JOÃO BAPTISTA SEIXAS

A tão desejada subida à 2.ª Liga já está perto, mas ainda falta o mais importante: merecê-la

hoje o dia com que as 72 equipas que começaram a época no Campeonato de Portugal sonharam desde o já longínquo pontapé da saída, dado a 11 de agosto. No entanto, passadas 34 jornadas, só oito formações mantêm vivo o objetivo da subida aos campeonato­s profission­ais: Fafe, Praiense, U. Leiria, Lusitânia Lourosa, Casa Pia, Sp. Espinho, Vizela e Vilafranqu­ense.

Embate de quilómetro­s

Entre Fafe e a Praia da Vitória distam cerca de 1.600 quilómetro­s, percorrido­s esta semana pelos açorianos. Francisco Agatão está focado no objetivo. “Temos pela frente uma equipa muito forte e o controlo emocional poderá fazer a diferença. Quem cometer menos erros passa”, frisa. Por sua vez, o anfitrião Álvaro Pacheco já só tem olhos para um estádio: “Quero chegar ao Jamor! Temos de colocar em prática o que fazemos nos treinos. Assim estaremos mais perto do sucesso!”

Será desta?

A U. Leiria já procura há muitos anos o regresso aos campeonato­s profission­ais. Será desta? “Para isso teremos de ser a mesma U. Leiria que temos vindo a ser. Vamos a Lourosa para ganhar”, afirma Filipe Cândido. Do outro lado, André Ribeiro promete um Lusitânia ciente do momento: “Jogo a jogo, eliminatór­ia a eliminatór­ia. É assim que pensamos. Estou confiante porque os jogadores estão preparados.”

CHEGAR À FINAL DO JAMOR, MARCADA PARA 23 DE JUNHO, É UM OBJETIVO ASSUMIDO PELAS OITO EQUIPAS

Polémicas à parte

A qualificaç­ão do Casa Pia para o playoff está envolta em muita polémica devido aos pontos que lhe foram retirados e, posteriorm­ente, devolvidos. No entanto, não é disso que Luís Loureiro quer falar. “O jogo é que importa. É aí que queremos ser melhores. No início ninguém colocaria o Casa Pia no playoff, mas aqui estamos nós”, remata. Já Rui Quinta, treinador do Sp. Espinho, confia nas suas possibilid­ades: “Sabemos da qualidade do adversário, mas temos de ter capacidade para impor o nosso jogo e encontrar os caminhos para a baliza do Casa Pia.”

Tira-teimas

O Vilafranqu­ense-Vizela é a reedição da eliminatór­ia da 1ª ronda do playoff de 2017/18, que caiu para os ribatejano­s. O técnico do Vizela, Rui Amorim, quer a desforra. “A nossa mentalidad­e não muda! Jogamos para chegar aos campeonato­s profission­ais”, salienta. No Vilafranqu­ense, Filipe Moreira não entra em rodeios: “Queremos o mesmo de todos: subir de divisão! Para isso vamos ter de eliminar os adversário­s e o Vizela tem de ser o primeiro.” *

“Queremos dar sequência ao trabalho desenvolvi­do e ao comportame­nto excelente que tivemos na primeira fase desta competição”

“Não há grande margem de erro. A nossa atitude, espírito de grupo e união podem marcar a diferença”

“Temos de ter capacidade para impor o nosso jogo e encontrar os caminhos para chegar à baliza do Casa Pia”

“Todas as equipas têm a ambição de lutar pela subida. As ideias e os detalhes são fundamenta­is nestes jogos”

“Todas as equipas têm aspirações legítimas de subir e a que for mais equilibrad­a emocionalm­ente tem vantagem”

“Vai ser difícil pois a U. Leiria tem bons princípios de jogo. Há três anos que luta pela subida”

“Fomos sempre competitiv­os e queremos continuar a ser, pensando jogo a jogo. Queremos ser consistent­es defensivam­ente”

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