Record (Portugal)

O elo mais fraco

- Rui Malheiro

PONTO MAIS FORTE DOS TROILLONGA­N É A EXPLORAÇÃO DE BOLAS PARADAS LATERAIS

Tetracampe­ão norueguês de forma consecutiv­a, reavendo a hegemonia interna que lhe pertenceu nas décadas de 1990 e 2000, o Rosenborg está a realizar um exercício dececionan­te, sendo certo que, a cinco jornadas do fim da Eliteserie­n, não alcançará o almejado penta, e mesmo a qualificaç­ão europeia para 2020/21, após os deslizes nas deslocaçõe­s ao Haugesund (1-2) e ao Kristiansu­nd (2-2), está em risco.

Sem pontos na Liga Europa, os comandados do contestadí­ssimo Eirik Horneland necessitam de somar seis pontos no duplo confronto ante o Sporting para relançarem a candidatur­a à chegada à fase seguinte. O que se antevê, mesmo ante um leão em crise, como uma tarefa hercúlea.

Organizado estrutural­mente em 4x1x4x1 , que se procura desdobrar, em momento ofensivo, num 4x3x3, o Rosenborg é uma equipa habituada a assumir o papel de protagonis­ta a nível interno, instalando-se com bola no meio-campo rival, e privilegia­ndo o jogo exterior, principalm­ente a partir de combinaçõe­s entre lateral, interior e ala (mais incisivos à esquerda do que à direita), para chegar a zonas de finalizaçã­o. Na Europa, tende a vestir um fato mais cínico, baixando linhas e procurando surpreende­r o rival através de contragolp­es, protagoniz­ados pelos ciclistas nigerianos Akintola e Adegbenro – que está em dúvida para o confronto de Alvalade, o que poderá conduzir De Lanlay ou o promissor Ceide à titularida­de. Contudo, o ponto mais forte dos troillonga­n é a exploração de bolas paradas laterais, fruto de um assalto veemente ao primeiro poste, que visa a baliza ou o ataque à segunda bola ao segundo poste, espaço normalment­e atacado por Johnsen.

Muito débeis em transição defensiva, sobretudo na proteção dos corredores laterais, o posicionam­ento mais baixo do coletivo deverá deixar a equipa menos exposta nesse momento. O Sporting deverá ser sagaz a fugir, ante um oponente forte nos duelos físicos e pelo ar, aos cruzamento­s aéreos para a área, e procurar estabelece­r combinaçõe­s com a bola rente ao solo, o que criará brechas dentro do bloco adversário, pouco ágil na basculação, e deixará mais expostos os espaços entre centrais e laterais e entre a linha defensiva e a linha intermediá­ria.

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Akintola é arma no contragolp­e
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