Record (Portugal)

GOLO DE ZÉ LUÍS VALE BILHETE

Atitude forte dos dragões após o intervalo foi ddecisivai­i para selarl a vitória.iói Entradad dde SéSérgioi Oliveira importante para controlar o jogo

- CRÓNICA DE RUI SOUSA

SÉRGIO CONCEIÇÃO

“Fizemos o 2-0 um pouco tarde”

Foi globalment­e pobre a exibição do FC Porto no regresso ao campeonato, depois de 22 dias de interregno, mas era difícil pedir muito mais à equipa de Sérgio Conceição no que respeita à nota artística, depois de um jogo desgastant­e na Suíça, onde teve pela frente um adversário forte fisicament­e e um relvado sintético. Como tal, era previsível que o FC Porto não exercesse um domínio avassalado­r sobre o P. Ferreira e permitisse até algum atreviment­o à equipa de Pepa, face ao desgaste provocado pela batalha de Berna, na passada quinta-feira, para a Liga Europa, mas não deixou de causar alguma surpresa o facto de os dragões terem chegado ao final da primeira parte com tantos remates (três) como os castores. Um ritmo demasiado lento, movimentos previsívei­s e desinspira­ção no último terço do terreno permitiram que se verificass­e um equilíbrio pouco expectável e que possibilit­ou ao conjunto de Pepa acreditar que seria possível surpreende­r o FC Porto, apesar dos 20 pontos que separavam as duas equipas à partida para esta jornada. Houve momentos que trouxeram à memória a receção ao Aves, há umas semanas, naquela que terá sido a exibição mais pobre no Dragão.

Mas mesmo com serviços mínimos, o FC Porto chegou ao intervalo em vantagem no marcador, com as bolas paradas a assumirem-se novamente como um fator de desequilíb­rio. E desta vez coube a Loum o mérito de finalizar com êxito, ele que se vai assumindo cada vez mais como um elemento prepondera­nte no meio-campo dos dragões, jogando já quase de olhos fechados com Danilo Pereira. Aliás, o senegalês foi importante não só pelo golo que marcou, como também se revelou determinan­te na fase em que os dragões carregaram sobre o sector recuado do P. Ferreira, fazendo dois remates que antecedera­m a bicicleta primorosa de Zé Luís que colocou um ponto final na discussão do jogo.

De resto, bem se pode dizer que a velocidade colocada no jogo pelos portistas na segunda parte foi decisiva para abrir fissuras na muralha defensiva dos castores, anulando ao mesmo tempo as saídas do adversário para o ataque, com uma atitude forte e assertiva.

Assumir as rédeas

Mesmo tendo maior ascendente no jogo, com Otávio muito ativo a tentar servir o ataque e Marega

a ‘massacrar’ os centrais pacenses, a equipa de Sérgio Conceição chegou a sentir algumas dificuldad­es para controlar o jogo, devido à inferiorid­ade numérica no centro do terreno, mas esse problema foi resolvido quando Sérgio Oliveira foi lançado para o lugar de Jesús Corona.

A equipa passou a jogar em 4x3x3, com o internacio­nal português a juntar-se a Danilo e

Loum, e a partir daí assumiu o comando total na zona nevrálgica do campo. O Paços foi definitiva­mente empurrado para trás e as oportunida­des começaram a surgir junto da baliza de Ricardo Ribeiro, o que deixou Sérgio Conceição mais descansado. O golo de Zé Luís foi uma consequênc­ia desse domínio e abriu mais uma janela de expectativ­a no ataque, sector que de um momento para o outro viu os seus protagonis­tas baterem-se pelos golos. Numa noite em que a defesa somou mais um jogo em branco no Dragão, colocando-se muito perto de um recorde longínquo, a única nota negativa da noite foi a lesão de Vincent Aboubakar. O camaronês, que foi o herói da vitória na Suíça, resistiu ao desgaste de um relvado sintético, mas ressentiu-se ontem, saindo prematuram­ente.

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