BARCELOS EM ANÁLISE
Hugo Miguel esteve em foco devido ao lance em que deu e tirou amarelo a Doumbia
Numa jornada em que a ‘lista negra’ elaborada pelo nosso jornal não cresceu – continuam apenas V. Setúbal-Sp. Braga, Portimonense-FC Porto e Sp. Braga-Famalicão –, houve dois momentos em torno da arbitragem que acabaram por gerar polémica. No Gil Vicente-Sporting, um lance levou à confusão perto do fim. Doumbia atingiu Lourency dentro da área e Hugo Miguel mandou seguir, antes de ver as imagens do VAR. Decidiu que não era penálti devido a um fora-de-jogo no início da jogada, mas começou por dar o segundo amarelo e consequente vermelho, antes de o retirar e mandar Doumbia voltar ao relvado para prosseguir no jogo. Perante o sucedido em Barcelos, Record sabe que o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol irá analisar tudo o que se passou, desde a sequência de eventos aos áudios das comunicações de Hugo Miguel com o vídeo-árbitro Bruno Esteves, para entender toda a cronologia e o que esteve por trás da mudança de decisão do árbitro da AF Lisboa. Trata-se, de resto, de um procedimento muitas vezes levado a cabo pelo CA da FPF, que tem por hábito escutar os árbitros para receber toda a informação relativamente às diversas situações, até para decidir a forma de atuar caso seja necessário.
Por outro lado, a ronda também ficou marcada pelo golo que acabou por ser retirado a Vinícius diante do Marítimo. O avançado do Benfica viu o hat trick transformar-se em ‘bis’, com o Grolli a ver-lhe creditado um autogolo, algo que gerou indignação nas águias. Ora, no seio da arbitragem, o entendimento é de que a responsabilidade quanto à atribuição dos golos nunca é dos árbitros. Na base desta ideia está o facto de nas leis de jogo não haver qualquer ponto que coloque esse ‘peso’ nos árbitros, pelo que Fábio Veríssimo não está sequer em causa.
O DEVE E O HAVER