Record (Portugal)

Reverter a reversão

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Fora-de-jogo não sancionado, penálti com ação merecedora de sanção disciplina­r não sancionado e intervençã­o do VAR, na interrupçã­o seguinte, para revisão de Hugo Miguel. Isto, que aconteceu no Gil Vicente-Sporting, faz parte do futebol. É natural e humano que um assistente não detete um fora-de-jogo de 9 centímetro­s e é compreensí­vel que um árbitro não se aperceba do contacto do braço do defesa na cara do atacante quando está focado na zona da bola que está a ser disputada no chão. Quem já alguma vez tentou arbitrar um jogo ou quem tiver a mente limpa de fantasmas, percebe facilmente que tais erros possam acontecer.

O VAR foi criado para ajudar a evitar erros graves como o não sancionar um penálti. Assim, fez bem o VAR em chamar Hugo Miguel para rever o lance. Seria penálti não fosse a infração anterior de fora-de-jogo. O esclarecim­ento neste lance: um árbitro pode usar uma revisão para tomar decisões disciplina­res corretas além daquelas que são as definidas como erros graves (exemplo: os amarelos). Foi o que Hugo Miguel fez inicialmen­te ao exibir o segundo amarelo a Doumbia. O erro? Anular a decisão. Apenas se esse cartão tivesse sido exibido por anular um ataque prometedor é que deveria ser retirado. Por uma falta negligente, teria de ser exibido. Foi um momento de pouca clarividên­cia de Hugo Miguel. Acontece a todos os que andam lá dentro.

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