Record (Portugal)

ENTRADA A MATARA ACABA COM DUVIDAS

DRAGÕES CHEGARAM M A 3-0 AOS 26’

- CRÓNICA DE RUI SOUSA

A vitória do FC Porto em Chaves só não foi perfeita devido aos dois golos consentido­s no último quarto de hora que impediram o guarda-redes Diogo Costa de continuar a perseguir um recorde no clube. A marcha foi interrompi­da por dois momentos de desconcent­ração de Marcano, e Sérgio Conceição não escondeu o seu desagrado. De resto, foi tudo natural no triunfo dos dragões em Trás-os-Montes. Venceu o favorito, impondo o seu poderio sobre um adversário do segundo escalão, Soares voltou a fazer a diferença em Chaves, juntando mais dois golos à sua conta pessoal, e confirmou-se a terceira presença consecutiv­a dos dragões na final four da

Taça da Liga, um troféu que Sérgio Conceição quer finalmente oferecer a Pinto da Costa, depois de tuas tentativas falhadas que esbarram nos penáltis. Se dúvidas existissem de que o FC Porto não estava em Chaves para permitir veleidades à equipa comandada pelo estreante César Peixoto, essas foram rapidament­e dissipadas quando Soares ganhou o primeiro duelo aéreo com o permissivo Rafael Viegas. A muralha flaviense abriu a primeira brecha e não foi preciso esperar muito para que o avançado do FC Porto aproveitas­se nova distração do defesa do

Chaves para desferir um novo golpe que deitou por terra qualquer esperança do adversário. Em pouco mais de um quarto de hora, os portistas resolveram a contenda a seu favor com dois ataques aéreos que deixaram o Chaves praticamen­te arredado da discussão do jogo e com pouco mais a fazer do que tentar dar um cheirinho daquilo que o novo treinador pretende. Uma missão resolvida com facilidade, como consequênc­ia da atitude séria que a equipa demonstrou desde o primeiro minuto, e que permitiu fechar o ano com chave de ouro, depois de garantido há poucos dias o apuramento para os quartos-de-final da Taça de Portugal.

Consolidar sistema

Apesar de ter apostado em alguns jogadores que vêm jogando com menor regularida­de a titulares, como Saravia, Mbemba e Sérgio Oliveira, Sérgio Conceição não abdicou de uma estrutura forte nas áreas de decisão, com Marcano e Danilo Pereira a comandarem a zona central e os quatro da frente a formarem um carrossel que trocou as voltas à defesa do Chaves. Corona e Nakajima foram espalhando magia, dando seguimento ao que

vêm demonstran­do nos últimos jogos, e Marega, mesmo a partir da esquerda, foi sempre um problema para a retaguarda flaviense. O maliano ainda está longe do seu melhor e a forma pouco convicta como bateu o penálti foi um exemplo disso, mas a capacidade de trabalho esteve presente. Mesmo com Soares e Marega em campo, e frente a um adversário de escalão inferior, Sérgio

Conceição optou por manter o 4x2x3x1 que recuperou frente ao Tondela e repetiu diante do Santa Clara. Tendo apenas uma referência na frente, isso não impede que Marega surja muitas vezes na zona de Soares, ou até Nakajima pise terrenos mais adiantados, provocando naturais desequilíb­rios. O japonês está num momento de inspiração e ontem juntou uma assistênci­a ao golo que tinha marcado ao Santa Clara, a meio da semana.

E quando foi ao banco, Conceição também foi feliz. Otávio vai-se consolidan­do como um valor acrescenta­do no corredor central, Luis Díaz marcou mais um golo num movimento de um contra um como tanto gosta, dando seguimento a uma excelente abertura de Fábio Silva. O dragão sai do ano a sorrir e a ver no horizonte o clássico de Alvalade.

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