CHEGAR AO CAR SÓ DE CANOA
As imagens falam por si: a infraestrutura de Montemor-o-Velho está praticamente submersa
O distrito de Coimbra e o concelho de Montemor-o-Velho são dos mais afetados pela depressão ‘Elsa’, primeiro, e pelo ‘Fabien’, depois, causando grandes aflições às populações e também prejuízos, por causa do aumento do caudal dos rios, neste caso do Mondego. E se o ano passado foi o furacão ‘Leslie’ a deixar inoperável o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, por causa das ra
“O NÍVEL DAS ÁGUAS SUBIU DE 3 A 4 METROS. O 1º PISO DA TORRE DE CONTROLO ESTÁ COBERTO”, DISSE O VICE-PRESIDENTE DA FPC
jadas de vento, este ano é a água a causar danos na infraestrutura, que serve de casa para modalidades como o remo e sobretudo a canoagem. Ali, Fernando Pimenta foi bicampeão do Mundo em 2018.
As imagens que a Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) foi divulgando ao longo do dia de ontem dão conta de que o CAR se encontra quase submerso, visível por exemplo no facto de na rotunda de acesso ao complexo, que dista 300 metros, só dê para andar de barco, neste caso de canoa, e na torre de controlo. “O nível da água subiu de 3 a 4 metros. O primeiro piso está completamente coberto de água”, revelou-nos o vice-presidente da FPC, Ricardo Machado, sublinhando que a Federação estava prevenida... mas: “Nunca pensámos que o nível da água subisse tanto”. Precavidos, ainda foi possível, no sábado, “com a ajuda de funcionários e técnicos, retirar material, mas só quando a água baixar será possível avaliar verdadeiramente os prejuízos”, que deverão ser “graves”.
O dirigente refere, por outro lado, ser incerto o tempo que o CAR estará inativo, porque “a água não tem por onde escoar”. A situação em que se encontra o CAR aconteceu precisamente um dia depois de ter terminado um estágio das Seleções, em que participaram alguns dos atletas já apurados para Tóquio’2020.