Record (Portugal)

ATLAS ATACA CONTI

ESPANYOL PERGUNTA POR RDT

- FLÁVIO MIGUEL SILVA

O Benfica não alcançou o mais desejado no Bonfim (a qualificaç­ão para a final four da Taça da Liga) mas acabou por fazer alinhar uma formação histórica diante do V. Setúbal. Bruno Lage colocou em campo seis titulares provenient­es do Benfica Campus, fazendo ainda alinhar mais dois durante a partida, o que perfez um máximo na história do clube em mais de 37 anos. Zlobin, Tomás Tavares, Nuno Tavares, Florentino, Gedson, Jota, David Tavares e Tiago Dantas cresceram no Seixal ou pelo menos ali cumpriram uma etapa de formação até aos juniores. Para encontrarm­os um número maior do que este, é preciso recuar até à remota campanha de 1982/83 e mais concretame­nte ao último jogo de uma época que culminou com uma dobradinha conquistad­a por parte das águias, comandadas pelo sueco Sven-Göran Eriksson – o treinador tinha na altura apenas 35 anos [ver quadro em anexo]. No passado sábado, Lage até poderia ter ido mais além, caso também tivesse dado minutos (e a estreia oficial) a Pedro Álvaro e Gonçalo Ramos, que foram suplentes não utilizados. No dito embate de 1983, o Benfica, já campeão, surgiu no Estádio 1º de Maio em Braga com nove elementos pescados na formação de casa. António Bastos Lopes, Humberto Coelho, Carlos Pereira, Shéu, José Luís, Diamantino e Chalana começaram de início na vitória por 2-0, tendo Alberto Bastos Lopes e Nené também sido ainda chamados a jogo. Os golos pertencera­m a Shéu e Chalana nesse dia 5 de junho, onde ficou vincada a marca ‘Made in Benfica’, que se foi desvanecen­do com o tempo. Afinal, a assembleia geral de 1978 abriu as portas do Estádio da Luz ao primeiro jogador estrangeir­o e esse caminho nunca mais seria fechado, tendo consequênc­ias diretas na redução do número de jogadores formados no clube nos anos seguintes. águias que entravam em campo não incluíam qualquer futebolist­a formado na Luz. Foi já na presente década que o paradigma mudou, muito por culpa da construção do Caixa Futebol Campus, em 2006. A aposta passou a ser declarada no talento do Seixal e aí chegamos à vitória de 2013/14, frente ao Gil Vicente, a contar para a Taça da Liga, com o técnico Jorge Jesus ao leme dos encarnados. Com o apuramento encaminhad­o, o amadorense deu tempo de utilização a oito formados no Benfica.

JÁ CAMPEÃO, O TÉCNICO SUECO DEU MINUTOS A VÁRIOS FUTUROS CRAQUES COMO SHÉU, DIAMANTINO OU CHALANA

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