“Se o Pizzi bater o meu recorde ficarei feliz porque é português”

Quem

é o melhor médio do Mundo na atualidade?

BF – O Iniesta ainda está a jogar... Será sempre uma referência. Mas, atualmente, o Kevin de Bruyne é aquele jogador que está um passo à frente dos outros.

Elogiar outros jogadores nas redes sociais é um hábito. Fê-lo recentemente, por exemplo, com Pizzi e Renato Sanches.

BF – Também fiz com o Ricardo Silva [FC Porto B] e até recebi um comentário no Instagram: ‘Este não meteram nas notícias’...

Mas em Portugal não se veem muitos jogadores a elogiar os adversários publicamente.

BF – Não vou elogiar o Pizzi quando ele marcar um golo ao Sporting. Isso é óbvio. Não irei ficar contente. O Pizzi ganhou-nos 5-0 na Supertaça e ninguém me viu a vir a público dizer: ‘Parabéns, que grande jogador que és’. Dou os parabéns de outra maneira, se tiver de dar e se achar que o devo fazer.

Como fiz na Supertaça, jogo no qual ele fez uma grande exibição e até foi considerado o homem do jogo. No final, dei-lhe os parabéns. Sou contra essas questões das redes sociais. Faz-se sempre um filme grande e desnecessário. Vejo em Inglaterra, por exemplo, jogadores a falarem uns com os outros. E não vejo polémicas. Em Portugal há demasiados canais televisivos que vivem da polémica.

Mas em Inglaterra houve recentemente um episódio triste a envolver Bernardo Silva.

BF – Certo. Mas isso até foi com o próprio colega de equipa. Porque é que amigos que não são jogadores podem ter essas brincadeiras e nós não podemos? Eu comento. Pizzi, Renato Sanches, Danilo, Sérgio Oliveira. Como já fiz com o Félix. Não tenho problemas. E vou continuar a fazê-lo.

Tem com Pizzi uma rivalidade saudável. Já falaram sobre a possibilidade de ele bater o seu

BF – Por acaso ainda não! Ele já leva 19 golos. São números impressionantes, apesar de ele jogar como médio-ala no Benfica. O Lampard também não queria que eu batesse o recorde dele e, obviamente, eu também não quero que o Pizzi bata o meu. Mas se ele o bater ficarei feliz porque é um português. E os médios que algum dia queiram bater este recorde terão de ultrapassar dois portugueses.