“Era parecido fisicamente”
O antigo médio mantém contactos esporádicos com o técnico que terminam em... festa!
Sabugo completou a formação no Sporting, onde jogou com Silas e construiu uma amizade para a vida. “Tenho-me encontrado esporadicamente com ele e, quando isso acontece, fazemos uma grande festa, tal como antigamente”, revela o antigo médio, de 43 anos. Esta relação de amizade dura há mais de 30 anos, um dado que torna Sabugo uma voz autorizada para desvendar o segredo da alcunha do técnico leonino. “Na altura era conhecido por Rebelo, que é mesmo parte do nome dele. Começámos a chamar-lhe Silas no ano de transição do Jorge Gonçalves para o Sousa Cintra. Ele era parecido fisicamente, tinha caracóis e também jogava no meio-campo”, recorda o ex-jogador que ainda recorda as qualidades desportivas do companheiro: “Ele era bastante calmo. Tinha bom sentido de bola, era franzino, pequenino e muito educado. Não jogava a titular, mas tinha um toque de bola espetacular. Já gostava de bater as bolas paradas, e tinha essa iniciativa própria de se querer afirmar. Dentro do balneário gostava de brincadeiras e também retribuía. Fazia bom balneário.”
Sonhos de criança
Ao ser confrontado com a fotografia apresentada por Record, Sabugo fez uma pequena viagem no tempo, e lembra com saudade um conjunto de miúdos de 10 anos que só queriam jogar à bola e singrar na equipa principal do Sporting.
“Todos tínhamos a ambição de chegar longe”, assume, antes de relembrar a chegada de Silas ao balneário leonino: “Veio do Domingos Sávio, penso que até era o melhor jogador deles, e veio referenciado por alguém. Eram tantos à experiência que ficámos com uma equipa impecável. Depois acabou por ser dispensado e foi para o Atlético, onde se tornou homem.”
Apesar dos anos, as estórias permanecem frescas na memória de Rui Manuel Pinto Pereira Luís, que acabou por fazer toda a carreira com a alcunha de ‘Sabugo’.
“Dessa equipa lembro-me que perdemos o campeonato nacional para o FC Porto, por 1-5, num jogo disputado em Coimbra. O FC Porto tinha uma equipa formidável com o Madureira, o Rui Óscar, e o Mariano, entre outros. Do nosso lado éramos nós os dois e depois aparece o Marco Almeida, o Patacas e o Carlos Fernandes”, destaca o sintrense, que também não deixa de assinalar as condições de trabalho que tinham: “Não eram as mesmas, nem há comparação. Treinávamos à porta da 10 A no pelado, mas todos nós tínhamos o sonho de chegar longe.”