Record (Portugal)

“Se tivéssemos 27 jogos e o Liverpool 80, seríamos campeões ”

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Houve

poucos jogos esta época em que o Liverpool só tenha marcado um golo. Como conseguiu travar a capacidade ofensiva do Liverpool, agora considerad­a a melhor equipa do Mundo?

JJ – Tem a ver com a forma como se olha para o futebol. Há um treinador que é o melhor do Mundo [Jürgen Klopp] e que nos primeiros dois/três anos não ganhou nada, mas aqui é que está a diferença. O projeto engloba pessoas, ideias, e quem estava à frente disse ‘Não ganhámos mas sabemos que este treinador vai conseguir, com os jogadores que ele achar que precisa para montar a equipa’. Assim foi. O Liverpool tem uma ideia de jogo muito boa em função das caracterís­ticas dos jogadores que tem, difícil de anular e parar, e a prova está no campeonato inglês e na Champions. Como é que os parámos? Não podes parar uma equipa quando só olhas para a tua organizaçã­o defensiva. Tens de parar uma equipa quando atacas, não é ao contrário. Isso tem a ver com outras coisas que o treino tem e com as ideias que passamos para os jogadores. É verdade que o Liverpool teve mais chances na cara do ‘keeper’ do que nós – tivemos algumas, inclusivam­ente no prolongame­nto tivemos uma na marca de penálti pelo menino Lincoln, que tem 18 anos –, mas sabíamos quem eram os jogadores que individual­mente têm influência na equipa do Liverpool, como poderíamos ‘tirá-los’ do campo. Conseguimo­s controlar ao máximo aquela equipa do Liverpool, sabendo que uma tinha 80 jogos e a outra tinha 27. Se nós tivéssemos 27 jogos e eles 80, seríamos nós campeões

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