FOAAIS LEI DO MAIS FORTE
SÉRGIO CONCEIÇÃO “Obrigação era passar e passámos“ ZÉ LUÍS NA MIRA DE MOURINHO
laboratório do Olival voltou a ser determinante para a equipa de Sérgio Conceição resolver a seu favor um jogo que esteve longe de ser tranquilo, apesar do maior domínio exercido ao longo de praticamente todo o encontro. O FC Porto, mesmo longe de ter feito uma exibição brilhante, foi mais forte do que o Varzim, criou mais situações de perigo e venceu de forma natural, acabando por impor a sua maior qualidade individual e coletiva.
Os golos surgiram em dois movimentos que traduzem essa capacidade. O primeiro num lance de envolvimento entre Fábio Silva, Saravia e Otávio, que culminou com um remate certeiro de
Soares, e o segundo na sequência de uma bola parada, momento do jogo em que os portistas se têm revelado absolutamente poderosos, com Sérgio Oliveira a colocar a bola com mestria ao alcance do capitão Marcano. Mas neste capítulo seria injusto não destacar o golo do central Hugo Gomes, também ele de bola parada, com um míssil que surpreendeu o jovem Diogo Costa. E a verdade é que o que de melhor se viu neste jogo aconteceu na primeira parte. Nesse período ainda se viram movimentos ofensivos interessantes do FC Porto e transições rápidas dos poveiros que não agradaram nada a Sérgio Conceição, que acabou por retirar Renzo Saravia ao intervalo, ele que estava a ser ‘desfeito’ pelo veloz Lumeka.
Consistência poveira
Durante o primeiro período o equilíbrio foi uma constante e essa circunstância muito se ficou a dever às alterações que Sérgio Conceição promoveu na equipa. Em relação à vitória em Moreira de Cónegos, o técnico dos dragões manteve apenas Mbemba, Uribe, Otávio e o goleador Soares, enquanto Paulo Alves fez o contrário. Do outro lado do campo só houve três mexidas, o que permitiu à equipa poveira apresentar-se mais consistente. Mesmo sem criar perigo junto da baliza de Diogo Costa, o Varzim procurou sempre tirar proveito da subida dos laterais portistas para provocar desequilíbrios e foi assim que a bola cruzou várias vezes a área portista, onde Leonardo Ruiz, colombiano que atravessa um bom momento, foi presa fácil para os experientes Marcano e Mbemba.
O FC Porto teve a situação quase sempre controlada na defesa, sendo que o seu principal problema foi do meio-campo para a
frente, onde, excetuando Otávio, foi um deserto de ideias. Luis Díaz foi uma aposta falhada e Fábio Silva pisou terrenos muito distantes da baliza de Ismael. Procurando ter mais bola e visar a baliza do Varzim com maior critério, Conceição trocou Fábio Silva por Romário Baró, só que os dragões nem assim conseguiram fazer o golo da tranquilidade. Os poveiros, já com o irreverente Caetano em campo, foram acreditando sempre que poderiam discutir a eliminatória, com investidas pelos corredores laterais, muito embora num dos lados as suas tentativas tenham começado a esbarrar em Alex Telles, cuja entrada foi importante para estabilizar a defesa.
Mais uma pérola
Sérgio Conceição sentiu que o jogo, mesmo estando controlado, não estava decidido a seu favor, e para a parte final optou por reforçar o meio-campo com a entrada de Vítor Ferreira. O jovem formado no Olival fez a sua estreia pela equipa principal e logo após entrar em campo teve um pormenor delicioso que obrigou Alan Henrique a usar a mão à entrada da área. Na marcação do livre, Alex Telles esteve perto de fazer o terceiro.