PORTUGAL DESCE À TERRA
Noruega impõe primeira derrota à Seleção Nacional na despedida da primeira fase
ATAQUE ESBARRA NA DEFESA NÓRDICA
‘HERÓIS DO MAR’ CRIAM GOLOS FÁCEIS CONTRA OS ANFITRIÕES MAS ENCONTRARAM OPOSIÇÃO DE BERGERUD, DO FLENSBURG
Seleção averbou ontem a primeira derrota (28-34) frente à Noruega e desceu à terra, na conclusão do Grupo D do Europeu, em Trondheim, transitando para a segunda fase, na Main Round 2 em Malmö (Suécia), com zero pontos, enquanto a turma anfitriã (1ª) soma dois. Na mesma série, França bateu (31-23) a Bósnia e Herzegovina, em jogo entre equipas já eliminadas. Os duplos vice-campeões mundiais, apoiados por quase 9.000 espectadores, uma arbitragem caseira e em grande velocidade, não deram hipóteses aos ‘Heróis do Mar’, que a somar às adversidades de jogar num ambiente hostil não estiveram num dia feliz, ao esbarrarem na muralha que foi o guarda-redes Torbjoern Bergerud, justamente considerado o MVP do encontro. As emoções estiveram sempre à flor da pele, num duelo muito intenso, onde os noruegueses entraram com tudo desde os primeiros segundos. Mas apesar do nervosismo Portugal controlou, embora os erros se começassem a manifestar logo neste período. Mesmo assim, tendo como imagem de marca a sua defesa, Portugal criou contra-ataque e manteve tudo equilibrado até aos 10 minutos (5-5), utilizando no ataque o seu venenoso sete contra seis jogadores de campo. Só que foi então que começaram a surgir as primeiras exclusões prejudicando Portugal, impedido de não poder explanar todo o seu potencial e aos 23’ já perdia por quatro golos (9-13), também por culpa da fabulosa exibição do guarda-redes do Flensburg (12 defesas e 33% de eficácia), a tapar os buracos da sua baliza. Portugal reagiu quando o seu guardião, Alfredo Quintana, também apareceu, conseguindo minimizar o prejuízo para chegar ao intervalo a perder por duas bolas (12-14).
Mas o início da segunda parte de Portugal foi para esquecer. Depois de liderar com 100% a eficácia nos livres de 7 metros no Europeu, desta vez falharam-se dois e os extremos (Diogo Branquinho, Pedro Portela, António Areia e Fábio Antunes) não conseguiam marcar das pontas, apesar de terem sido criados golos fáceis, mas a bola ia sempre contra o já citado Bergerud. A Noruega, bem escudada por muitos jogadores do já citado clube da liga alemã, como Joendal (7 golos), Rod e Johannessen (6 cada), e o central do PSG Sagosen (5), disparou para uma vantagem de 7 golos (22-15, aos 35’) e Portugal nunca recolou. Areia (5) e Martins (4) foram os melhores marcadores das quinas.