Record (Portugal)

Momento Fernandes

Alexandre Carvalho

- Subchefe de redação

A iminente venda de Bruno Fernandes peca por tardia para todas as partes: com dinheiro ‘fresco’ no verão, o Sporting teria melhores condições para poder atacar o mercado, reforçando-se com qualidade não só no meio-campo, como também em outros sectores deficitári­os; o Man. United já teria um jogador de eleição nos seus quadros há pelo menos seis meses, retirando daí dividendos desportivo­s; Bruno Fernandes já teria tido tempo para se adaptar às exigências da Premier League e, por isso, preparava-se para enfrentar a 2.ª metade da época com maior conforto competitiv­o.

O negócio ficará fechado seis meses depois da ‘altura ideal’ e se para Manchester viajará um jogador de quali

A TRANSFERÊN­CIA DE BRUNO FERNANDES PECA POR TARDIA. TODAS AS PARTES BENEFICIAR­IAM

dade acima da média e que fará, certamente, a diferença, em Lisboa ficará um clube órfão da sua maior referência. Já é velha a máxima de que “os jogadores passam e o clube fica”, mas neste caso o Sporting terá de gastar de forma extremamen­te criteriosa o dinheiro que vai receber.

Encontramo-nos, portanto, num ponto crítico da história recente do clube. É certo e sabido que em janeiro dificilmen­te se fazem bons negócios (ou não há ativos de qualidade no mercado, ou os que são negociávei­s têm o preço inflaciona­do), mas Varandas e Viana terão de tomar um de dois caminhos: ou assumem que Silas terá de se ‘desenrasca­r’ com o que tem (Sporar já incluído) e reservam para o verão a reformulaç­ão do plantel; ou assumem o risco de ir comprar um ‘reforço incógnita’ a qualquer lado do Mundo, que será certamente 30 por cento mais caro do que era no último verão e do que será no próximo defeso.

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