OTÁVIO MADURO E SOARES PACIENTE
Médio e ponta-de-lança atravessam fases muito positivas e o treinador culpou-os pelo sucesso
Nesta altura do campeonato, o onze do FC Porto é Otávio, Soares e mais nove. A dupla de brasileiros vem a exibir-se a grande nível, contribuindo com golos e boas exibições para a fase positiva da equipa. Questionado, individualmente, sobre o médio e o ponta-de-lança, Sérgio Conceição culpou-os pelo seu próprio sucesso, oferecendo elogios diferentes a cada um deles.
Sobre Otávio, que vem a jogar com mais regularidade do que nunca, o técnico aponta a maturidade como o fator que melhor caracteriza esta sua evolução. “É principalmente trabalho do atleta, perceber que em alta competição não se pode facilitar nada. Não é treinar uma hora e 30 minutos e ir para casa, tem de fazer um trabalho pré-treino, pós-treino… Quando o atleta atinge essa maturidade, de perceber que o corpo é a sua grande ferramenta para ter sucesso ou não, penso que o jogador, com isto associado à qualidade que tem, fica mais consistente, mais regular. Penso que foi isso que aconteceu com o minutos eficácia de passe
DIANTEIRO LEVA NOVE GOLOS EM POUCO MAIS DE UM MÊS, DEPOIS DE UMA FASE EM QUE VINHA A SER MENOS UTILIZADO
Otávio”, explicou Conceição. Quanto a Soares, que leva nove golos marcados em pouco mais de um mês, precisamente depois de uma fase em que vinha a jogar menos, o treinador portista viu inteligência e paciência do jogador, que teve consciência de que só com trabalho poderia recuperar o protagonismo de outras alturas. “No discurso do balneário, na vertente emocional, sou da mesma forma para toda a gente, atuo sempre igual a mim próprio. O Soares teve a particularidade de ser inteligente, perceber que não estava a jogar, continuar a trabalhar no máximo e quando teve a oportunidade aproveitou-a, fazendo aquilo que ele sabe, que é marcar golos, dando o seu contributo à equipa, que é ainda mais importante, naquilo que é o trabalho que tem de fazer dentro da sua posição. Não há segredo nenhum. No geral não atribuo nenhum mérito a mim ou à equipa técnica, atribuo à paciência dele, mas uma paciência sempre ‘a dar no duro’ como ele fez, que isso é que é importante”, considerou.