STRAVER EM ESTADO CRÍTICO
Edwin Straver estava a competir pela terceira vez na prova e, desde o início, tinha deixado claro que andaria com calma nos pontos mais perigosos do percurso, especialmente após a morte de Paulo Gonçalves no domingo. Numa etapa vencida pelo francês Stéphane Peterhansel, acompanhado pelo navegador português Paulo Fiúza, o que permitiu a aproximação ao 2º lugar na geral dos automóveis para a última etapa de hoje, foi o motard português Mário Patrão quem encontrou o holandês: prestou socorro e chamou rapidamente a equipa médica. “Percebi que era muito grave. Senti a pulsação no pescoço dele quando me aproximei, mas de repente deixei de sentir.
Não consigo verbalizar tudo o que senti: sozinhos no meio do deserto, num cenário absolutamente dantesco. Foram os 10 minutos mais longos da minha vida”, relatou Patrão à sua assessoria de imprensa.
Assim que a equipa médica chegou ao local, o piloto de 48 anos foi reanimado e de imediato transportado de helicóptero para o Saudi German Hospital, em Riade, onde esteve a receber assistência em estado crítico durante o dia, não se conhecendo, até à hora de fecho desta edição, mais pormenores em relação ao seu estado de saúde.
Seguradoras atrasam luto
Entretanto, exigências de seguradoras quanto a despistes toxicológicos são a razão que motiva o atraso na autópsia ao corpo de Paulo Gonçalves e a consequente transladação para Portugal. Apesar de não existirem datas para as cerimónias fúnebres, a Câmara Municipal de Esposende, de onde o português era natural, já decretou um dia de luto municipal na altura do seu regresso. O organismo prevê ainda um minuto de silêncio, seguido de um cortejo de motards até à igreja de Geneses, onde decorrerão as cerimónias.
Piloto holandês sofreu uma queda grave e foi internado, depois de ter sido reanimado no local
“FORAM OS 10 MINUTOS MAIS LONGOS DA MINHA VIDA”, CONTOU MÁRIO PATRÃO, QUE SOCORREU EDWIN STRAVER