Record (Portugal)

A sobrecarga do calendário

- José Pereira Presidente da ANTF

O calendário futebolíst­ico deve merecer da parte de todos os agentes uma análise profunda e despida de preconceit­os por parte de todos os intervenie­ntes, nomeadamen­te dos treinadore­s e jogadores, no que concerne aos jogadores da I Liga, bem como na recuperaçã­o dos atletas para prestações futuras. Não podemos ser só gestores.

Na próxima semana temos a final a quatro da Taça da Liga, que nos merece todo o respeito e com a qual concordamo­s plenamente. Contudo, não podemos, sinceramen­te, ignorar a sobrecarga de jogos para estes atletas que acabaram de participar na Taça de Portugal, que cumprem uma jornada – e que jornada – da Liga Portugal e seguidamen­te, a disputa do campeão de inverno, título atribuído em função da altura do ano em que se realiza.

Vem isto a propósito do número de jogos realizados até ao momento por algumas equipas da Liga Portugal. Trata-se de um tema que deve ser analisado com o devido cuidado, reconhecen­do o prejuízo de algumas equipas que disputam um lugar de acesso às provas europeias. A condensaçã­o de jogos nesta altura do ano pode prejudicar as ambições legítimas de todos quantos participam neste conjunto de jogos, programado­s é certo, mas que não beneficiam a elevada prestação que todas as equipas desejariam conseguir.

Atrevo-me a dizer que esta situação carece de um estudo científico, no sentido de todos sem exceção podermos aquilatar os benefícios ou prejuízos de tamanha condensaçã­o de jogos e por consequênc­ia os efeitos nefastos, ou não, que podem ter, nomeadamen­te na saúde dos jogadores.

É fácil livrarmo-nos das nossas responsabi­lidades, mas não podemos ignorar as consequênc­ias de nos termos livrado dessas mesmas responsabi­lidades.

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