“Era trinco mas na baliza sou peixe na água”
to e desfrutar. Mais para a frente veremos o que irá ou não acontecer. Estou feliz aqui e não tenho mais nada em que pensar nesta altura, além de me proteger e tomar as melhores medidas contra este surto que vivemos agora. Mais para a frente veremos se as coisas acontecerão.
facto de ser guarda-redes deveu-se ao seu pai?
HL – Na verdade, não. Claro que ele ter sido guarda-redes potencializou a minha tomada de decisão, mas quando comecei era bem alto e bem ruim. A minha mãe jogou vólei muitos anos e foi capitã da seleção. Jogou os Jogos Olímpicos, em 1980. Então em pequeno fui dividindo o vólei e o futebol. Fazia futebol porque gostava e o vólei porque a minha mãe dizia que eu tinha de jogar vólei. Quando chegou o momento de tomar a decisão, as coisas no futebol não estavam a correr bem. Era trinco, depois virei central e depois tiraram-me do campo. Tinha 13 anos.
Como se resolveu?
HL – Quando contei à minha mãe, ela perguntou-me porque nunca tentei guarda-redes. E eu disse-lhe que não podia pedir isso, mas no treino a seguir levei as luvas escondidas e pedi ao treinador. Ele olhou para mim com espanto, mas deve ter pensado: ‘Vai dar certo. Ele é ruim no campo, o pai foi grande guarda-redes, talvez dê certo’. E a verdade é que foi algo natural. Senti-me peixe na água e o próprio treinador gostou, pelo que nunca mais perdi essa sensação.
“ESTOU FELIZ NO BOAVISTA. E NÃO CONSIGO ESTAR EM DOIS, TRÊS, QUATRO OU CINCO LUGARES AO MESMO TEMPO”