CLUBES PODEM USAR AJUDAS DO GOVERNO
Créditos e ajudas fiscais anunciados por António Costa aplicam-se a empresas... do futebol
As sociedades desportivas também poderão usufruir do pacote de ajudas às empresas anunciado pelo Governo para minimizar os efeitos da crise provocada pelo coronavírus. Na sexta-feira, o primeiro-ministro António Costa prometeu um conjunto de apoios às empresas sob a condição de estas garantirem os empregos aos respetivos funcionários. Entre as principais, destacam-se linhas de crédito com juros reduzidos e também apoios a nível fiscal: vai ser possível às empresas adiar para o segundo semestre o pagamento de dois terços das contribuições sociais, bem como a entrega de IVA, IRS e IRC que teria lugar nos próximos três meses. Tudo para ajudá-las a manter a atividade e, com isso, os postos de trabalho. Estas medidas, sabe Record, não deixam de fora sociedades desportivas, que aos olhos da Lei são empresas como qualquer outra dos mais variados sectores de atividade.
VAI SER POSSÍVEL ADIAR PARA O 2º SEMESTRE O PAGAMENTO DE 2/3 DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E IMPOSTOS
Troca de palavras
A questão do apoio ao futebol profissional motivou nos últimos dias uma troca de recados entre Governo e Liga. António
Costa afirmou que o futebol “não é uma prioridade” e que “é um mundo à parte”, algo que mereceu uma enérgica reação de Pedro Proença. “O futebol exige respeito. É uma indústria que tem números únicos, queremos ser respeitados. O futebol não fez qualquer tipo de exigência, queremos só ser equiparados a outras indústrias”, justificou o líder da Liga.
Para já, o Governo seguiu essa lógica e equiparou as sociedades desportivas a todas as outras empresas, pelo menos no acesso a benefícios para enfrentar a crise. Após o Conselho de Ministros de sexta-feira, António Costa avisou que o País terá “três meses muito duros pela frente”, chegando mesmo a utilizar a expressão “urgência económica”. Algo que também se aplica ao futebol.