KENJI GORRÉ
ATACANTE DO NACIONAL TEM PROJETO PIONEIRO
gens pelo Swansea e ADO Den Haag até ‘aterrar’ na Madeira, pela mão de Costinha, numa transferência que, garante, lhe mudou a forma de ver a vida. Mas comecemos, inevitavelmente, pelo princípio e pelo amor pelo desporto-rei. “A paixão começou dentro de mim, porque nasci no mundo do futebol. O meu pai era futebolista profissional e nasci no seio desse mundo. Sempre que falo com o meu pai ou a minha mãe sobre isso, dizem-me que só queria estar a brincar com a bola. Sempre amei o futebol”, explica o jogador de 25 anos a Record.
Em tanto tempo no icónico emblema inglês, são muitas as histórias e os craques com quem se cruzou. E Kenji não esquece um momento em particular com o guarda-redes De Gea: “Estive lá dez anos e foi algo fantástico na minha vida e na minha carreira. Fico sempre com um sorriso a pensar nessa altura, onde tive a oportunidade de estar entre os melhores. Comecei lá aos seis anos e achava que era normal estar ali e treinar com grandes jogadores como Paul Scholes, Ryan Giggs ou Jesse Lingard. Para mim estar perto deles todos os dias era normal, porque não conhecia outra realidade. Lembro-me de um treino com a primeira equipa. Tivemos um penálti e eu avancei para a conversão. E o De Gea defendeu. E eu só pensei – ‘Bolas, podia ter tido impacto se tivesse marcado.’ Foram momentos muito bons, não mudava nada dessa fase da minha vida.”
Mudança de vida
Depois foi altura de procurar mais minutos de jogo. Rumou ao Swansea e depois ao Den Haag, em outros dois momentos que considera terem sido determinantes para aquilo em que se tornou. “Quando saí do United fui para o Swansea e foram tempos fantásticos. Definiram-me como homem. Saí de casa e comecei a cozinhar e a limpar a casa sozinho. Passei de miúdo a homem e esse foi um processo fantástico. Quando fiz a estreia na Premier League foi fenomenal. Mais tarde, na Holanda, foi o resto do meu crescimento. Lidei com muitas coisas por estar num país completamente diferente, mas tinha lá muita família e passava tempo com eles. E podiam ver-me jogar e isso foi bom.” Está mais do que visto que Kenji foi amadurecendo com estas experiências. Chegou então ao ponto em que, como futebolista e homem, necessitava de um desafio diferente. Foi aí que o Nacional surgiu na sua vida, pela mão do treinador Costinha, em 2018. “É uma história interessante. Mudei-me do Swansea para Portugal por causa do Costinha. Ele fez-me sentir que era o clube