INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
ser a indústria automóvel no pós-coronavírus.
Esta foi, pode dizer-se, a semana de todas as decisões. A FCA (Fiat/Chrysler) já tinha avançado na primeira quinzena deste mês para a suspensão das unidades italianas e veio depois anunciar o fecho de fábricas na Sérvia e na Polónia. A medida estendeu-se na última quarta-feira às linhas de montagem nos Estados Unidos. Nesse mesmo dia 16, idêntica medida foi tomada pela Ford e pela General Motors. Fábricas encerradas para combater a pandemia e também porque a quebra na procura é já uma realidade a nível planetário. A Honda seguiu o mesmo caminho, fechando unidades nos EUA, Canadá e México. O grupo PSA, que agrega a Citroën, a Peugeot, a Opel e a DS, estabeleceu um calendário e iniciou os encerramentos na passada segunda-feira – as fábricas de Madrid (Espanha) e Mulhouse (França) foram as primeiras. Nos dias subsequentes, o grupo liderado pelo português Carlos Tavares parou a produção noutras unidades de França, na Polónia, no Reino Unido, na Eslováquia e na Alemanha.
A Daimler (Mercedes-Benz) e a Porsche também pararam a produção e a Volkswagen não limitou o fecho à Autoeuropa, estendendo a medida a outros países. A Renault e a Toyota tomaram a mesma decisão, sendo que esta última tem uma unidade em Ovar – uma cidade agora em isolamento. Num primeiro momento, a esmagadora maioria dos construtores anunciaram que estas medidas estão em vigor até ao final do mês. Mas os modelos de expansão do vírus dizem, sem exceção, que abril e maio não serão melhores do que março. Antes pelo contrário.