Record (Portugal)

JOGADORES INDIGNADOS MAS DGS NÃO RECUA

VÁRIOS ATLETAS RECUSAM-SE A ASSINA CÓDIGO DE CONDUTA

- ALEXANDRE CARVALHO, LUÍS MOTA E PEDRO GONÇALO PINTO (SANTA CLARA) (PORTIMONEN­SE)

LIGA INSISTE EM 18 ESTÁDIOS NA RETOMA

O parecer da DGS gerou indignação junto dos jogadores da Liga NOS. Em causa está a responsabi­lidade imputada aos atletas, um peso demasiado elevado e que alguns jogadores não querem ter, pelo que Record apurou junto de diversas fontes. Contudo, o nosso jornal sabe que a DGS não tem pretensões de, nesta altura, recuar com as exigências que colocou em cima da mesa, aquando da elaboração do parecer.

Quer isto dizer que, para voltar a haver futebol em Portugal, todos os jogadores (ou uma boa percentage­m dos mesmos) terão de assinar o código de conduta individual. Ficou por perceber, porém, o que acontece a quem não assinar, uma possibilid­ade que, sabe o nosso jornal, ganhou ontem força em alguns balneários. Certo é que a DGS não irá ceder um milímetro no que respeita ao parecer anteontem divulgado pela FPF e pela Liga. O princípio da precaução prevalecer­á ao longo de todo este período. As decisões da DGS, a entidade que tem poder delegado pelo Estado, serão soberanas.

Parecer pouco mutável

Com a DGS a manter uma posição irredutíve­l, no máximo, sabe o nosso jornal, podem ser feitos ajustes, mas apenas mediante algum avanço científico ou nova

CLUBES QUE IMPLEMENTA­RAM CORTES SALARIAIS ACREDITAM QUE ATLETAS VÃO JOGAR PARA RECUPERARE­M O ORDENADO

medida preventiva – neste ponto a atenção à Bundesliga, que retoma no sábado, será fulcral. Ainda sobre a indignação dos jogadores, optou-se pela vi ada sensibiliz­ação para acalmar os ânimos. Ontem, os capitães da Liga NOS reuniram-se por videoconfe­rência com Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde e responsáve­l pelo grupo de trabalho da FPF que tem feito a ponte com a DGS, e ainda com Joaquim Evangelist­a, líder do Sindicato dos Jogadores. A reunião durou perto de duas horas, mas a desconfian­ça dos capitães manteve-se e foram abordados temas como a falta de seguros ou de condições de trabalho. Por outro lado, os clubes que realizaram cortes salariais esperam que os jogadores tenham consciênci­a de que não poderão recuperar nada senão se disputar o que falta do campeonato.

FPF e Liga à mesa

Ontem também ocorreu uma reunião entre a FPF e a Liga. Record apurou que foram analisadas as implicaçõe­s do parecer técnico da DGS. Uma das preocupaçõ­es que saltou logo à vista são os gastos com os testes, que andarão na ordem de 3 M€. Refira-se que a FPF disponibil­iza a Cidade do Futebol à Liga se dela precisar para qualquer treino de qualquer clube.

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