“Estou satisfeito pois fiz o que foi possível”
Ex-líder da SAD nem quis lembrar a invasão, mas salienta trabalho realizado em três meses
Falar da invasão de Alcochete é doloroso para Sousa Cintra, tal é o amor pelo Sporting. O ex-presidente dos leões, numa primeira fase de 1989 até 1995, e depois em 2018, durante os três meses entre a destituição de Bruno de Carvalho e a eleição de Frederico Varandas. O histórico dirigente no início da conversa com Record sobre o ataque à Academia ficou logo de pé atrás e deixou o aviso: “Há coisas que devemos esquecer. As coisas boas são para recordar, as menos boas não são para lembrar. Isso não é um assunto muito bom, faz parte do passado e nem me quero recordar.” Aqueles meses de transição resultaram em muitas críticas pela gestão feita, mas Cintra
“HÁ COISAS QUE DEVEMOS ESQUECER. A INVASÃO NÃO É UM ASSUNTO MUITO BOM. FAZ PARTE DO PASSADO”
não desarma e assegura que a relação com os adeptos é inatacável: “Na rua sou abordado com a maior simpatia. Sempre tive uma boa relação com os sportinguistas. Isso é evidente na forma como me trataram e eu sempre os respeitei. É uma relação de respeito mútuo e tem corrido sempre o melhor possível. Gosto muito da massa associativa do Sporting, que é a melhor do Mundo. Só tenho a dizer bem dos sportinguistas.” O ex-presidente, depois, justificou que a boa relação também se deve ao trabalho do verão de 2018. “Sabem todos que vivo o Sporting de alma e coração. É o clube do meu coração e vivo a paixão pelo clube. Serviria sempre o Sporting até à morte. Fiz aquilo que foi possível fazer, dentro das possibilidades que havia e estou satisfeito”, conclui Sousa Cintra.