“Míster acredita mesmo em todos”
Tal como aconteceu na final do Europeu, o central foi titular e deu resposta de qualidade
Apenas seis jogadores podem dizer que estavam em campo para ajudar nos momentos de glória da Seleção Nacional em Paris e no Porto. Um deles é José Fonte – Rui Patrício, Guerreiro, William, João Moutinho e Ronaldo são os outros –, central de 36 anos que rejeita ser um talismã. Mas a verdade é que se estreou na Seleção em novembro de 2014 e foi titular nas duas finais. “Nas duas vezes que o míster me chamou e precisou de mim, foram de facto jogos importantíssimos em que correspondi e conseguimos vencer. Não sou talismã, sou mais um ajudar a Seleção. Faço sempre o melhor que sei!”, começa por contar a Record.
O defesa do Lille, que fez dupla com Rúben Dias depois de Pepe se lesionar nas ‘meias’ com a Suíça, lembra-se bem do que sentiu no Estádio do Dragão há um ano. Afinal de contas, foi um título com o calor do público português ali bem perto. “Foi mais um momento inesquecível e especial. Mesmo que algumas pessoas tivessem querido desvalorizar esta Liga das Nações, toda a gente sabe que os melhores estiveram nesta competição. Tê-la ganho foi especial porque acreditamos que vai ser uma prova que vai ter muita importância. São os melhores contra os melhores. Celebrar com o nosso público foi ainda melhor”, lembra.
“NA LIGA DAS NAÇÕES, OS JOVENS AMADURECERAM E AGORA ESTÃO A UM NÍVEL MUITO ALTO”, GARANTE O DEFESA DO LILLE
Mas o que é que levou Portugal a mais um troféu? Fernando Santos falou numa “família indestrutível” na altura e José Fonte concorda, até porque, por exemplo, Ronaldo só jogou a final four e outros foram assumindo o protagonismo à medida que a prova avançou. “Sempre houve união e é a qualidade mais forte na Seleção. Ficou bem demonstrado ao longo da Liga das Nações que Portugal tem um leque enorme e o míster acredita mesmo em todos. E todos mostraram capacidade e qualidade”, atira, antes de traçar a evolução face ao Mundial’2018: “Ficou claro que Portugal deu um passo em frente a partir da Rússia, que não correu da melhor forma. Demos um bom salto qualitativo porque tínhamos muitos jovens a aparecer. Na Liga das Nações, os jovens amadureceram e agora estão a um nível muito alto. Nesta altura, Portugal está mais forte do que no Mundial.”