Record (Portugal)

“Que sejam felizes e... competente­s” SÉRGIO CONCEIÇÃO

Depois do que viu, e não gostou, em Famalicão, o técnico acrescento­u mais um desejo para as arbitragen­s nesta reta final de campeonato

- RUI SOUSA

Há uma semana, no mesmo local, na antevisão do jogo frente ao Famalicão, Sérgio Conceição tinha desejado felicidade­s às arbitragen­s para a reta final do campeonato. O FC Porto perdeu, houve vários casos polémicos, e o técnico retomou o tema, desta vez para também desejar competênci­a aos homens do apito.

“A propósito do que eu referi, ouvi dizer que os árbitros não precisam de ser felizes, precisam de ser competente­s, e realmente estou de acordo com isso. Se forem competente­s e felizes, melhor ainda, mas tivemos uma jornada que não foi muito feliz na arbitragem e não muito competente”, começou por revelar o técnico dos dragões, apontando aqueles que foram os principais erros da equipa de arbitragem liderada por Nuno Almeida.

“Três jogadores do Famalicão deveriam ter sido expulsos e ninguém fala disso. O central fez uma falta aos 3 minutos e aos 4 minutos o Tiquinho foi agarrado à entrada da área. E foi falta contra nós! O lateral-esquerdo via o segundo cartão amarelo quando deu o puxão ao Otávio e a seguir o João Pedro Sousa, e bem, tirou-o do jogo. Era o segundo amarelo. O nosso árbitro teve infelicida­de ou pouca competênci­a e recebeu uma pontuação que o colocou em último lugar. Em relação aos penáltis, era um para o FC Porto,

um para o Famalicão, admito que sim, se calhar dois ou três para o FC Porto e um para o Famalicão, admito que sim. Depois dizem ‘lá está ele a falar porque perdeu’, mas não tem nada a ver com isso”, explicou Conceição, de 45 anos, prosseguin­do com uma crítica à escassez de apanha-bolas, o que, no seu entender, leva a uma perda no tempo útil de jogo. “Há muitas coisas a interferir numa equipa que está à procura da vitória e outra na expectativ­a para conseguir um bom resultado, que muitas vezes passa por um empate. Ainda agora, no último jogo, fiquei a olhar quando saiu uma bola pela linha

lateral, junto ao banco. Até fiquei meio chateado com um senhor do Famalicão que tinha duas bolas ao pé dele e não deu nenhuma. Aí, apercebi-me de que os apanha-bolas estão distanciad­os entre 75 e 100 metros, são quatro apanha-bolas num estádio de futebol. Vejam o tempo que se perde numa simples reposição de bola num lançamento de linha lateral”, referiu o técnico, não se ficando por aí nos reparos.

Amarelos evitáveis

Ainda a propósito das perdas de tempo e com vista a melhorar o tempo útil de jogo, Sérgio Conceição lançou um apelo aos árbitros, no sentido de não mostrarem cartões amarelos no período de descontos para castigar as perdas de tempo, uma vez que, na sua leitura, isso contribuiu para se jogar ainda menos. “Faço um pedido a todos os árbitros nos jogos da minha equipa, não quero cartões amarelos aos 92 minutos aos guarda-redes adversário­s por perder tempo, não quero, porque é perder mais tempo. Há coisas que acontecem num jogo de futebol, dentro do próprio jogo, que não são tão evidentes, mas são mais graves do que penáltis”, advertiu o técnico dos dragões.

Sobre o desejo de Pinto da Costa querer renovar-lhe o contrato, Conceição revelou que o mais importante é a “comunhão de ideias com o presidente”. Já Nakajima continua a ser um tema “da direção, não tem a ver com a equipa nesta fase”.

“TRÊS JOGADORES DO FAMALICÃO DEVERIAM TER SIDO EXPULSOS. EM PENÁLTIS, DOIS OU TRÊS PARA NÓS E UM PARA O FAMALICÃO”

“NÃO QUERO AMARELOS AOS ADVERSÁRIO­S AOS 92’, PORQUE PERDE MAIS TEMPO”

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REPAROS. Sérgio Conceição não gostou da arbitragem no jogo de Famalicão

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