Bola parada determinante
O Santa Clara entrou bem no jogo, com uma atitude pressionante e a procurar surpreender, tendo mesmo tido oportunidade para se adiantar no marcador. Relativamente ao último jogo, o Benfica voltou aos posicionamentos habituais, com Taarabt junto a Seferovic na frente de ataque e Gabriel mais próximo de Weigl, descaindo por vezes para o corredor esquerdo no momento de construção, para permitir a projeção de Nuno Tavares e a incorporação de Rafa por zonas
ENCARNADOS COLOCARAM MUITOS JOGADORES NA FRENTE, EMBORA COM FALTA DE CRITÉRIO
interiores. Por sua vez, a equipa de João Henriques apresentou diversas dinâmicas entre os médios Anderson Carvalho, Francisco Ramos e Rashid de forma a desposicionar Weigl e Gabriel e abrir espaços no corredor central para serem explorados, tanto pelos extremos Costinha e Carlos, como pelo avançado Thiago Santana, com movimentos em apoio. Ficou também clara a intenção dos açorianos de explorar a zona entre Ferro e Nuno Tavares na saída longa, descaindo Thiago Santana para este espaço [1].
Após uma primeira parte equilibrada, o Santa Clara chegou à vantagem na sequência de um canto. Após a recuperação de bola por parte da equipa de Bruno Lage, imediatamente o Benfica colocou jogadores na frente para sair em contra-ataque. O Benfica iniciou a transição após a bola parada de forma uma forma desequilibrada, e embora Nuno Tavares tivesse Taarabt e Seferovic como linhas de passe próximas e Pizzi como solução do lado contrário, a decisão do jovem lateral não foi a melhor, perdendo a bola para Anderson Carvalho que concretizou em golo [2].
A segunda parte começou animada e recheada de golos. O Benfica ganhou variabilidade ofensiva com a passagem de Rafa para o corredor central e com
Zivkovic e Pizzi a jogar de pé trocado, facilitando a procura do corredor central e o envolvimento exterior dos laterais. O Santa Clara, com muita competência, continuou a criar dificuldades através de lances de bola parada (canto e lançamento lateral). Numa fase final do jogo, o Benfica colocou muitos jogadores na frente, embora com falta de critério na definição dos espaços a explorar, e acabou por permitir que os açorianos sentenciassem a vitória [3].