LEÕES EXPULSAM CULPADOS POR ATAQUE
FERNANDO MENDES E MAIS 25
Órgão disciplinar aplicou medida mais gravosa aos sócios que invadiram a Academia
aos 31 associados envolvidos na invasão à Academia, a 15 de maio de 2018. Além da pena mais gravosa, de expulsão, o CFD determinou (ver lista completa nesta página) quatro medidas de suspensão e decidiu ainda pelo arquivamento do processo relativo a Bruno Jacinto, ex-Oficial de Ligação aos
Adeptos, que foi absolvido no julgamento que terminou a 28 de maio em Monsanto. A deliberação do Conselho Fiscal e Disciplinar apresenta um par de nuances relativamente à da Justiça, desde logo porque o processo iniciado pela então Comissão de Fiscalização, a 17 de julho de 2018, não envolvia Bruno de Carvalho ou Mustafá, líder da Juve Leo, que também foram ilibados em tribunal. Ao contrário do Ministério Público, no entanto, o Sporting teve meios para punir Alano Silva, que fugiu para Angola e não chegou a ser acusado pela Justiça. Outros doze indivíduos que participaram na invasão à Academia não tinham o estatuto de sócio, pelo que, naturalmente, ficaram de fora desta decisão do CFD (Sérgio Costa, João Calisto Marques, Miguel Ferrão, Daniel Lavaredas, Celso Cordeiro, Rúben Marques, Sérgio Santos, Domingos Monteiro, Pavlo Antonchuk, Elton Camará, Leandro Almeida e Getúlio Fernandes). De resto, dos nove condenados a penas de prisão efetiva, apenas quatro eram sócios do Sporting: o já referido Fernando Mendes, Bruno Monteiro, Nuno Torres e Tiago Neves.
“Graves prejuízos”
O processo disciplinar estava suspenso desde maio de 2019, pois o CFD aguardava pelo final do julgamento em Monsanto para poder tomar uma decisão esclarecida. “Depois da análise do conteúdo do correspondente acórdão, foi possível esclarecer as dúvidas que ainda persistiam, mesmo apesar de se ter presente que as decisões judiciais condenatórias não transitaram ainda em julgado. Assim, ficaram criadas as necessárias condições para tomar a decisão de levantar a suspensão do processo disciplinar, por forma a poder concluir o mesmo, o que aconteceu no passado dia 12 de junho”, pode ler-se no comunicado divulgado ontem pelo próprio Conselho Fiscal e Disciplinar, através dos meios do Sporting, e assinado por todos os seus membros. De acordo com o CFD, “os sócios visados [...] agiram de forma livre e deliberada, de comum acordo, em comunhão de esforços, sob a égide de um plano comum e previamente traçado, com o propósito concretizado de invadir a Academia e intimidar, ofender e agredir os jogadores do SCP e respetiva equipa técnica, provocando, com a sua atuação, graves prejuízos para o Sporting, tanto patrimoniais (direta e indiretamente) como morais, uma vez que este incidente desprestigiou o clube em termos nacionais e internacionais”. Todos os implicados já foram notificados das decisões e agora poderão recorrer para a assembleia geral.