O PERIGO NASCE NOS PÉS DELES
Pizzi e Corona fazem a diferença marcando golos, assistindo ou criando oportunidades
“TECNICAMENTE, COM BOLA, É MUITO INTELIGENTE E CAPAZ DE DESEQUILIBRAR UM JOGO”, DISSE PIZZI SOBRE CORONA
O flanco direito é o ponto de partida para o futebol de Pizzi e Corona. Ambos extremos, embora o mexicano também seja utilizado como lateral. Da ala viajam pelo campo e assumem o papel de protagonistas de Benfica e FC Porto. Os dados estatísticos da Opta Sports na Liga que agora terminou comprovam a influência, nomeadamente através de golos e assistências. Pizzi marcou muito mais do que Corona (18 contra 4), sendo que cinco do português foram de penálti – o portista ficou em branco neste capítulo. Distantes no contributo direto que dão com golos, os dois jogadores aproximam-se na hora de participarem ativamente no perigo criado pelas respetivas equipas. Isso traduz-se nas assistências (14 contra 11) e nas mesmas 16 grande oportunidades criadas. Os registos também são semelhantes na eficácia das decisões que tomam, seja o passe, o cruzamento ou o drible, com números superiores de Corona, de 27 anos, nestes três aspetos (entre 2 e 5 por cento a mais no acerto).
E a melhor forma de comprovar a importância de Pizzi e Corona é recordando as palavras de um sobre o outro. “O FC Porto é uma boa equipa coletivamente, todos são bons jogadores, lutam todos com grande ambição para vencer. Se tivesse de escolher um pelas características que gosto de ver destacaria Corona, pois tecnicamente, com bola, é muito inteligente e capaz de desequilibrar um jogo”, salientou Pizzi, de 30 anos, em declarações à RTP no lançamento desta final. Corona não marcou nem assistiu nos dois jogos com o Benfica no campeonato, tal como Pizzi nos confrontos com FC Porto na Liga. Fizeram a diferença noutros jogos... será que fazem hoje?