“Corona é imprevisível e Pizzi tem muita qualidade no passe”
As estatísticas de Pizzi e Corona ajudam a perceber o rendimento que têm, mas Record também quis perceber como ambos são encarados pelos adversários. Por isso, falámos com Sandro Mendes, treinador que ao serviço do V. Setúbal defrontou Benfica e FC Porto no campeonato 2019/20, para descobrir como preparou a equipa para impedir que os dois jogadores fossem influentes. Os sadinos perderam os dois jogos em questão: 1-0 com as águias na 7ª jornada e 4-0 frente aos portistas logo na 2ª ronda.
“Pizzi e Corona são muito influentes no futebol de Benfica e FC Porto, respetivamente, mas jogadores completamente diferentes. O Corona é mais tecnicista, imprevisível e irreverente, gosta de ir para cima do adversário e procurar o um para um. E, desta forma, não há uma fórmula para conseguir pará-lo porque depende da inspiração dele e do espaço que lhe possamos conceder. O Pizzi tem muita qualidade no passe, cuja qualidade neste aspeto pode decidir um jogo a qualquer momento, um jogador que consegue romper linhas. No meu caso, nem no jogo contra o Benfica, nem com o FC Porto, o V. Setúbal fez marcação individual ao Pizzi e Corona, assim como a qualquer outro jogador”, analisa.
Sandro Mendes, de 43 anos, realça ainda a polivalência como características que colocam os extremos num patamar de excelência no campeonato português. “Às qualidades que têm somam o facto de tanto jogarem em zonas interiores como mais por fora. O Corona é extremo, mas também joga como lateral-direito. O Pizzi pode jogar por dentro e ir para fora ou vice-versa. Tanto um como outro têm capacidade para desequilibrar em qualquer parte do campo”, acrescenta o treinador, atualmente sem clube.