Record (Portugal)

SÉRGIO CONCEIÇÃO

“É ganhar aqui, no Cazaquistã­o ou na China”

- JOSÉ MIGUEL MACHADO

Coimbra será sempre especial para o técnico, mas, seja onde for, o foco está unicamente na Taça

“A MINHA EXPERIÊNCI­A DIZ-ME QUE OS DOIS JOGOS CONTRA O BENFICA E O CAMPEONATO QUE GANHÁMOS JÁ SÃO PASSADO”

“NÃO É PELAS FINAIS PERDIDAS QUE O FC PORTO VAI QUERER MAIS GANHAR. A MOTIVAÇÃO E AMBIÇÃO SÃO IGUAIS”

Pela terceira vez desde que é treinador, Sérgio Conceição vai marcar presença numa final da Taça de Portugal. Após duas derrotas com o Sporting, desta vez terá o Benfica pela frente e vai entrar no jogo como treinador campeão, que, além disso, venceu todos os clássicos disputados durante a época para a Liga. Factos suficiente­s transforma­r o FC Porto em favorito? Nem por isso, considera o técnico.

“Com a experiênci­a que tenho neste mundo do futebol, acho que os dois jogos contra o Benfica ou o campeonato que ganhámos, por muito contentes que estejamos, já fazem parte do passado. O que está à nossa frente é este jogo. Nada do passado interfere na preparação para este jogo. Não era pelas duas finais anteriores que o Danilo perdeu que o FC Porto vai querer ganhar mais amanhã. A ambição e motivação são exatamente iguais. O FC Porto quer sempre ganhar”, avisou Sérgio Conceição, já depois de adiantar que a semana de trabalho não se alterou minimament­e por se tratar de uma final contra o grande rival, frisando que a preparação foi feita com “muita ambição, determinaç­ão, confiança e alegria”.

Quis o destino que a pandemia da Covid-19 deslocasse a decisão da Taça de Portugal do Jamor para Coimbra, cidade natal e muito querida do treinador dos dragões. No entanto, o local não aumenta a já muita vontade de

“TUDO O QUE GRAVITA EM TORNO DESTE DESPORTO, A NÓS, NA NOSSA PREPARAÇÃO, NÃO TEM DE INTERFERIR EM NADA”

“TEMOS DE NOS FOCAR NO NOSSO TRABALHO E NO NOSSO OBJETIVO, QUE É CHEGAR BEM AO JOGO E PODER VENCÊ-LO”

vencer. Essa, para Conceição, é sempre a mesma, fosse onde fosse a final. “É exatamente igual. Quando vou a Coimbra vou à minha cidade. Sou de Ribeira de Frades, uma aldeia perto de Coimbra, e tenho um gosto enorme na minha terra. Vamos para estágio em Coimbra e vêm-me à memória recordaçõe­s bonitas da minha infância. Mas não mais do que isso. Importa é ganhar aqui, no Cazaquistã­o ou na

China. Para mim é igual”, sublinhou o técnico, que também desvaloriz­ou o tempo de antena que teve a conquista do título por parte do FC Porto: “Vi uma grande alegria dos adeptos e de toda a estrutura. Tudo aquilo que é falar do futebol no sentido dessas situações que gravitam à volta deste desporto tão bonito e tão apaixonant­e, a nós, na nossa preparação, não tem de interferir em nada. Sejam estatístic­as ou o que se fala mais na imprensa, o que as pessoas possam pensar. Temos de nos focar no nosso trabalho e no nosso objetivo, que é chegar bem ao jogo e poder vencê-lo. Corremos o risco de nos distrairmo­s e um milésimo de segundo pode fazer a diferença entre a bola entrar ou não.”

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