“Esmiuçar ao limite a gestão fraudulenta”
Presidente António Freitas sente-se de mãos atadas, mas promete purga pela verdade
António Freitas foi eleito presidente do Aves há pouco mais de um mês, mas não se conforma com o ponto de insustentabilidade financeira que o clube atingiu e promete “esmiuçar até ao limite” todas as circunstâncias que mergulharam a instituição no limbo. Purga pela verdade também pelas suspeitas de crime que as circunstâncias indiciam. “O Aves está a ser investigado. A Polícia Judiciária já foi a casa de Wei Zhao e Estrela Costa, mas há mais nomes que podem sofrer no meio do contexto e quem erra está sujeito a esse preço porque prejudicaram a instituição”, comentou António Freitas, inconformado com quem só vê o lucro: “Foram cinco anos de SAD a acumular passivos até serem encostados à parede porque os resultados, como a subida de divisão e a conquista da Taça de Portugal, serviram para encobrir a gestão danosa e fraudulenta.”
Uma novela que o presidente considera ter vários capítulos e intervenientes, mas apenas o Aves como prejudicado. “Há muita coisa para esclarecer. Só a UEFA entregou mais de 600 mil euros à formação em todo este tempo. O dinheiro entrou na SAD, mas o clube não viu um cêntimo. Também há uma dívida da SAD ao clube na ordem dos 70 mil euros pela cedência das instalações, mas a anterior direção nunca exerceu os seus direitos. Se eu não pagar a renda sou despejado e se tivesse sido comigo há muito que estavam a jogar noutro estádio”, desabafou o presidente.