“Vasco Seabra vai fazer um grande Boavista”
“JAMAIS SEREMOS SATÉLITE DO LILLE. SEREMOS AUTÓNOMOS. MAS ACREDITO QUE VAMOS TER UMA GRANDE EQUIPA DE FUTEBOL”
Que avaliação faz da temporada passada?
VM – Tendo em conta os atletas e tudo o que tínhamos projetado, não correu bem. Tínhamos equipa para fazer melhor. Foi uma época para esquecer, como diz o sócio.
A dada altura trocou Lito Vidigal por Daniel Ramos. Pensou numa solução a curto prazo?
VM – A escolha do Daniel teve um objetivo. O Lito tinha uma forma de jogar e nós não podíamos contratar um treinador com um estilo totalmente diferente. Sabíamos que o Daniel traria um ‘input’ positivo, mais qualidade, mas também percebemos que, para valorizar jogadores, precisávamos de um treinador diferente. Ficou acordado um contrato de meia época e uma conversa mais à frente. As coisas não correram como pensávamos e nem foi um divórcio, foi uma separação.
Daniel Ramos disse que havia proposta para um ano e meio.
VM – É verdade. Falou-se ou meio ano, ou ano e meio, mas o próprio Daniel entendeu que preferia seis meses e nós aceitámos. Mas deixe-me que diga que foi das melhores pessoas que passou por este Boavista.
Ainda assim, notou-se algum desconforto no final da época por conversas que não existiram.
VM – A partir do momento em que um treinador transmite isso numa conferência, fecha-se qualquer possibilidade de falar comigo. Qualquer resposta seria pela comunicação social e eu não o faço. No Boavista quem quer falar com o presidente, marca e fala diretamente.
Olhando para a próxima época, apostar num treinador como Vasco Seabra é um risco ou não?
VM –Nós olhamos para o Vasco e percebemos que ele tem muito a dar ao futebol português. É uma das novas promessas do futebol português. Conhecemos a forma de jogar e vai ser uma mais-valia para o Boavista.
Considera que está preparado para uma nova experiência na 1.ª Liga? Acha que o Boavista fará dele um grande treinador?
VM –O Boavista vai fazer do Vasco Seabra um melhor treinador, porque ele já é um grande treinador, e ele vai fazer um grande Boavista.
Foi fácil convencer os investidores de que esta era a escolha certa?
VM –Foi fácil porque o Luís Campos e o Admar Lopes já conheciam o Vasco Seabra. Perceberam que era o homem certo.
Não foi uma contratação consensual nas redes sociais.
VM –Nenhum clube funciona pelas redes sociais. O que posso dizer é: olhem para o trabalho que fez e apoiem o Boavista. Vão ver que temos aqui um grande treinador.
Em termos de plantel, qual será a política de contratações?
VM –O objetivo será termos jovens valores para rentabilizar e daí fazermos aquilo que é pretendido no futebol moderno. Ter boa equipa, rentabilizar para depois transferir e fazer bons encaixes.
Esta ponte com o Lille será importante para dar qualidade à equipa?
VM –Temos a trabalhar no Boavista o professor Luís Campos e o professor Admar Lopes. Presencialmente, mais o professor Admar Lopes que está cá todos os dias. Tem visto comigo uma série de jogadores para fortalecer o Boavista. O Boavista jamais será um satélite do Lille. Vai ser um projeto autónomo. Acreditamos, pelos jogadores que temos contactado, que vamos ter uma grande equipa.