PROENÇA EXIGE PÚBLICO
Presidente da Liga diz que o futebol não pode ser discriminado em relação aos outros espetáculos
çPedro Proença, presidente da Liga Portugal, exigiu o regresso dos adeptos aos estádios, já no início da época 2020/21, a meio de setembro. No discurso de abertura do evento ‘Talks Santander/Record’, realizado em Lisboa, o dirigente sublinhou que o regresso do público ao futebol é a melhor forma de combater a perda de receitas dos clubes devido à pandemia da Covid-19. “Exigimos o nosso público. Temos vindo a assistir à reabertura progressiva do País, que não podia mais adiar a retoma económica. Aos restaurantes e hotéis seguiram-se os espetáculos culturais, as touradas, os concertos, as feiras, os festivais e, agora, até eventos desportivos de automobilismo e motociclismo com elevada afluência de público. O nosso aplauso à forma como o Governo vai conduzindo o regresso à normalidade e que não pode ser agora interrompida por uma mudança abrupta de critérios quando se fala do futebol”, sublinhou Pedro Proença. O presidente da Liga garantiu que o organismo está preparado para cumprir as novas regras: “Não negligenciaremos os receios de quem alerta para os perigos de contágio através do comportamento emocional de massas, mas pedimos reflexão e reconhecimento para uma atividade que já deu provas da forma precavida e responsável com que encara os desafios que esta pandemia nos tem suscitado.”
À parte do discurso de abertura do evento, Pedro Proença relevou a Record a ação da Liga para tornar possível o regresso dos adeptos ao futebol. “Temos tido conversas com o Governo e com a DGS. A nossa proposta está feita. Sabemos como é importante para o futebol ter público e financeiramente para os clubes a importância da bilhética. Esperamos que rapidamente a DGS nos diga em que condições vamos poder ter público a regressar aos jogos. Temos a expectativa de que, numa primeira fase, a lotação possa chegar aos 50 por cento, cumprindo todos os planos de contingência.”
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DIRIGENTE REVELOU A ‘RECORD’ QUE A LIGA JÁ APRESENTOU AO GOVERNO E À DGS A PROPOSTA PARA O REGRESSO DOS ADEPTOS