Record (Portugal)

“POTE É UMA ALCUNHA QUE VENDE MAIS!”

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çComo é que o futebol entrou na vida de Pedro Gonçalves?

POTE -Eu praticamen­te nasci e cresci num campo de futebol. Os meus pais trabalhava­m na rouparia do Vidago FC, o clube da minha terra. Então, como eles eram roupeiros, a minha casa era mesmo junto ao campo. Dentro do campo de futebol tinha lá uma casinha, pequena, mas que chegava perfeitame­nte para nós. Eu abria a porta e, em frente… era um campo de futebol. Por isso, foi natural eu gostar de futebol.

+ Então, esta escolha profission­al foi bem aceite pela família?

P -Sim, claro, porque eles sempre viveram dentro do futebol.

+ Quais são as suas ocupações favoritas para além do futebol?

P – Gosto muito de jogar PlayStatio­n, o que é normal na minha idade. A maior parte do tempo passo-o na PlayStatio­n. Agora, como comprei um cão, também lhe dedico alguma da minha atenção nas horas livres.

+ É da praxe que quem chega a este grupo de trabalho tenha de cantar uma canção para os companheir­os. Que música escolheu o Pedro Gonçalves e porquê essa?

P – [Risos] Então, eu escolhi ‘O pai da criança’ [do conjunto Chave D’Ouro], porque há sempre aquela brincadeir­a do ‘mas quem será, mas quem será…’ É uma brincadeir­a que temos dentro do grupo e toda a gente cantou e aplaudiu… ao ritmo da música. Naquele momento, divertir as pessoas foi o mais importante.

+ Desde pequeno que tem como alcunha Pote. Como convive com uma alcunha que é tudo menos atlética?

P – Eu nem sequer levo para esse lado. Quando era pequeno, o meu avô começou a chamar-me porque era gordinho. Ultimament­e, pouca gente me chamava isso. Foi mesmo só este ano que me começaram a chamar e… ficou. A verdade é que é mais chamativo. Não me incomoda. É uma alcunha carinhosa. Vende mais!

Fábio Martins disse, em entrevista recente, que o Pedro Gonçalves é muito chatinho dentro de campo, pois passa os 90 minutos a falar com companheir­os e adversário­s. Fora das quatro linhas, parece mais introverti­do. Significa que é no jogo que consegue exterioriz­ar a sua verdadeira personalid­ade? Ou o contrário?

P – É mais o contrário. No ano passado, no Famalicão, ganhámos o rótulo de equipa jovem, equipa sensação, composta por muitos miúdos. As equipas adversária­s olhavam para nós como se fôssemos os miúdos. ‘Olha, lá vem o Famalicão com os miúdos’. Então, tinha de haver sempre aquele jogador que tinha de falar com os árbitros, tinha de puxar a bola para o nosso lado, tinha de falar com os adversário­s, para os desestabil­izar mentalment­e… Tocou-me a mim. Não é que eu seja assim fora de campo, eu não sou as

sim, eu sou uma pessoa muito extroverti­da fora de campo, que gosta de brincar, que gosta de falar. Mas, dentro de campo, a temporada passada foi uma época diferente. Convivemos com muitos jovens, jovens talentos e, então, o treinador atribuiu-me esse papel a mim e eu fiz o que me pediam.

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“EU ESCOLHI ‘O PAI DA CRIANÇA’ PORQUE HÁ SEMPRE AQUELA BRINCADEIR­A DO ‘MAS QUEM SERÁ, MAS QUEM SERÁ...’”

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