PORTUGAL RECORRE AO PLANO B
Rui Oliveira termina em 14.º no Europeu de fundo com boa performance da Seleção Nacional
çPortugal esteve ontem em bom plano no Europeu de fundo, com Rui Oliveira a discutir o sprint final, que consagrou com a medalha de ouro Giacomo Nizzolo, conquistando o terceiro título consecutivo para a Itália, após os êxitos de Elia Viviani e Matteo Trentin. O ciclista português acabou em 14º lugar com o mesmo tempo do vencedor (1:12.23 horas), após 177,45 quilómetros disputados em 13 voltas ao circuito citadino de Plouay, em França.
Rui Costa (29º) chegou a 4 segundos no primeiro grupo perseguidor, enquanto Rúben
“FOI DAS MELHORES EXIBIÇÕES ENQUANTO SELEÇÃO NACIONAL. ESTIVEMOS SEMPRE NA FRENTE” RUI OLIVEIRA, ciclista da Seleção
Guerreiro (41º), Ivo Oliveira (60º), Rafael Silva (80º) e Rafael Reis (87º) ficaram mais atrasados, mas os ciclistas portugueses demonstraram estar entre os melhores ao longo da prova, batendo-se de igual para igual com as outras nações, graças a um trabalho em que todos participaram de forma ativa. “Foi das melhores exibições que fizemos enquanto Seleção Nacional. Estivemos sempre na frente, ajudando-nos mutuamente, todos a um nível excelente. No final, como a corrida não se fez tão dura quanto seria necessário para o Rui Costa, a segunda cartada era resguardar-me para o sprint. Já estava um pouco fatigado, mas entrei bem posicionado. Ia, certamente, para um top 10, mas fui um pouco apertado por um ciclista da República Checa. Tive de travar e perdi posições. Melhorei o resultado do ano passado, onde fui 16º, mas queria mais”, considerou Rui Oliveira, em declarações à assessoria da Federação (FPC).
Os gémeos Oliveira mantiveram-se atentos na frente do pelotão, anulando as tentativas de fuga que pudessem colocar em risco as aspirações nacionais. A 50 quilómetros do fim, Rúben Guerreiro saltou para a frente da corrida, de forma a manter o ritmo elevado, numa altura em que o pelotão se partia e alguns velocistas perdiam o contacto. Quando a Seleção planeava endurecer mais a corrida, para tentar reduzir o pelotão, o chefe-de-fila Rui Costa teve duas vezes problemas mecânicos com o selim da bicicleta, que lhe prejudicaram a performance.
O selecionador José Poeira explicou a parte final da corrida: “Quando devíamos estar à frente, tivemos o azar de ficar atrás. Já não foi possível atacar a corrida para tentar um bom resultado com o Rui Costa. Com um grupo tão numeroso, o plano passou a ser tentar levar o Rui Oliveira nas melhores condições para a discussão do sprint. Foi nesse sentido o ataque do Rui Costa, para desgastar os adversários.”
Os Europeus prosseguem hoje, com Afonso Silva, Guilherme Mota, Miguel Salgueiro e Pedro Miguel Lopes a representarem Portugal na prova de fundo em sub-23.
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