NAOMI OSAKA PAROU CINCINNATI
Desportista feminina mais bem paga do Mundo disse que não jogava e torneio seguiu o exemplo
ç Naomi Osaka, a desportista feminina mais bem paga do Mundo (no último ano foram 35 milhões de euros – um recorde), saltou para a linha da frente no combate à violência policial e desigualdade racial nos Estados Unidos, ao anunciar que não iria disputar as meias-finais do WTA de Cincinnati – um dos mais importantes do calendário e que está a ser jogado em Nova Iorque –, inicialmente agendadas para ontem. Horas depois, o torneio seguiu-lhe o exemplo e decidiu fazer um dia de pausa em protesto, à semelhança do que aconteceu com as principais ligas norte-americanas. “Antes de ser uma atleta, eu sou uma mulher negra e sinto que há coisas mais importantes a necessitar de uma atenção mais imediata nesta altura do que verem-me a jogar ténis. Não espero que nada de drástico aconteça com esta minha decisão, mas se puder começar uma discussão numa modalidade maioritariamente de brancos, considero que isso é um passo na direção certa”, disparou a japonesa de 22 anos, ex-nº 1 mundial, assumindo-se farta da situação. “Estou extremamente cansada desta conversa a toda a hora. Quando é que será suficiente?”
O torneio de Cincinnati alinhou pelo mesmo discurso. “Como desporto, o ténis está coletivamente a tomar uma posição contra a falta de igualdade racial e a injustiça social”, pode ler-se no comunicado conjunto da federação norte-americana, WTA e ATP.
Muitos jogadores utilizaram as redes sociais para elogiar a postura de liderança de Osaka, que foi também felicitada e encorajada por outras personalidades do desporto, como o seis vezes campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton ou a lendária atleta Allyson Felix.
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JOGADORA DE 22 ANOS INICIOU MOVIMENTO QUE ACABOU COM UMA SUSPENSÃO TOTAL DA COMPETIÇÃO EM NOVA IORQUE