CANDIDATOS CONTRA O ATUAL MODELO
Noronha Lopes, Gomes da Silva e Costa Carvalho querem poder recontar votos se for necessário
ç Três candidatos à presidência do Benfica apelaram ontem à mudança do sistema atual de contagem de votos em sufrágios no clube. Através de uma carta enviada a Virgílio Duque Vieira, presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Rui Gomes de Silva exigiu a “a adoção de medidas que permitam a total confidencialidade e que impeçam a possibilidade de voto múltiplo no próximo ato eleitoral do Benfica”, estatutariamente agendado para outubro.
Numa mensagem partilhada no Facebook, o antigo vice-presidente garantiu que, face à prevalência do voto eletrónico, “não existe forma concreta de se saber se é realmente o sócio a votar, nem se o voto expresso na urna é, devida e fielmente, registado pelo sistema, não sucedendo o habitual ‘double check’ como nas votações presenciais”. Também João Noronha Lopes, numa missiva enviada a Duque Vieira, alertou para o mesmo problema. O gestor e candidato à presidência das águias sublinhou ter “reservas acerca da integridade dos resultados que se vierem a apurar, bem como do ato eleitoral em si”. Por isso, o antigo dirigente no mandato de Manuel
MUDANÇAS PODEM IR DA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO À PRESENÇA DE MEMBROS DAS VÁRIAS LISTAS
Vilarinho sugeriu, por exemplo, que seja obrigatória a “apresentação de documento de identificação no exercício do direito de voto, além do cartão de sócio” e que seja garantida a “presença de representantes das várias candidaturas nas múltiplas mesas de voto para a fiscalização do ato eleitoral por todas as partes”. Já Bruno Costa Carvalho partilhou, de forma geral, das mesmas ideias, mas vincou ser “uma pena Rui Gomes da Silva só ter acordado agora para este problema”, em alusão ao facto de “a Comissão Nacional de Eleições não fazer qualquer verificação no sistema informático que sustenta o processo de votação eletrónica no clube”. “O que escreve hoje Rui Gomes da Silva é muito bonito caso ele não tivesse entrado para o Benfica em 2009”, lamentou o candidato.
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