“Ver um jogo sem público não é atrativo”
ç De que forma é que toda esta situação da pandemia afetou o Gil Vicente?
TL – Foi uma situação nova, mas tivemos de a encarar de frente. Afetou a nível desportivo, já que estávamos muito bem antes da interrupção e depois tivemos alguma dificuldade na retoma, e afetou a nível financeiro, não só porque não foi possível valorizar ativos, mas também porque temos uma indefinição em termos de presença de público que não permite a venda de lugares anuais, camarotes e publicidade. A isto juntam-se ainda os testes que tivemos de pagar.
+ Considera ser exequível haver público nos estádios na temporada 2020/21?
TL – Sim. As coisas têm de ser bem ponderadas, mas o público faz falta aos estádios. Ver um jogo sem público não é nada atrativo e considero que é possível termos adeptos, logicamente com restrições em termos de lotação.
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ç Foi forçado a terminar a carreira devido a uma lesão. Como foi esse momento?
TL – Consegui chegar à 2ª Liga e sinto orgulho da carreira que construí. Sofri uma lesão numa fase da carreira na qual estava quase a virar costas ao futebol, até porque tive alguns períodos sem receber. Quando ingressei no Vizela, que só treinava ao final da tarde e que me permitia trabalhar, sofri uma lesão gravíssima no joelho e fiquei sem trabalho e sem futebol. Foi algo complicado.
+ De que forma foi preparando o pós-carreira durante o tempo em que jogava?
PM – Antes de me tornar profissional tirei uma licenciatura em Engenharia do Ambiente. Depois tirei uma pós-graduação em Gestão e Organização de Futebol Profissional. Para além disso, já tirei dois cursos com a FPF. Acho fundamental fazer-se uma aposta contínua na formação.
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“É fundamental fazer-se uma aposta contínua na formação”