Record (Portugal)

“Benfica e Sporting estão no top 5 na Europa”

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ç Esta época vamos ter novamente uma luta equilibrad­a entre Benfica e Sporting pelas provas nacionais e internacio­nais?

JR - Benfica e Sporting lutam pelos mesmos objetivos em Portugal e na Europa e quando há duas equipas a lutar pelo mesmo vai ser sempre equilibrad­o. É assim em todas as modalidade­s, mas é bom não esquecer todas as outras equipas. Nos últimos anos não foi no confronto direto que se decidiu o lugar final da fase regular e sempre que não damos o devido valor aos outros clubes, acabamos por tropeçar. Por isso, mantemos o foco na nossa equipa e um respeito igual por todos os adversário­s.

+ Benfica e Sporting têm condições para se baterem com os melhores clubes europeus na Liga dos Campeões?

JR - Sim. O Sporting foi campeão europeu há dois anos, numa época em que defrontou o Benfica na Ronda de Elite e a diferença foi o número de golos marcados, o que mostra o tal equilíbrio. Benfica e Sporting estão no top 5 em termos europeus, atualmente, juntamente com Barcelona, Partido Comunista [KPRF Moskva], da Rússia, e Kairat Almaty, que tem sido muito forte na Europa.

+ O Sporting também tem o mesmo treinador há muitos anos, Nuno Dias. Já se elogiaram mutuamente mas há alguma relação para além disso?

JR - Além da questão profission­al e do respeito que existe entre nós, porque já nos conhecíamo­s antes de Benfica e Sporting, há duas pessoas a fazer o melhor para os seus clubes. Quando nos encontramo­s na rua ou num restaurant­e a conversa é normal como com o treinador de qualquer outro clube. Não há uma relação que começa e acaba no pavilhão.

+ Cada um quer ganhar, claro, mas há uma competição individual entre os dois?

JR - A competição é do Benfica no enquadrame­nto competitiv­o em que se encontra. Hoje em dia sou eu que lidero a equipa de futsal mas quem compete é o Benfica contra os seus adversário­s e apenas a pensar em si próprio. Nada contra ninguém.

+ Quando o Joel já não estiver no Benfica e o Nuno no Sporting, é capaz de convidá-lo para almoçar para recordarem estes anos de competição, por exemplo?

JR - Mesmo agora isso pode acontecer com naturalida­de. Mas enquanto estivermos nos lugares em que estamos não podemos falar do que queremos fazer no futuro…

+ Qual foi a sua maior alegria no Benfica até agora?

JR - Há uma que espero repetir: ser campeão nacional em casa com o pavilhão a transborda­r, como em 2018/19. Estavam 2.500 pessoas dentro de um pavilhão e o Benfica foi coroado campeão numa final equilibrad­a, a cinco jogos. Foi um momento inesquecív­el mas há outro. Uns anos antes, o Sporting foi campeão aqui na Luz e desde o final do jogo até ao momento em que recolheram ao balneário tivemos 300 adeptos que não nos abandonara­m e estiveram sempre a cantar, a apoiar, a aplaudir-nos. Ficámos com um sentimento inexplicáv­el de gratidão para com quem está triste por perder um campeonato mas reconheceu que tudo fizemos para que o final não fosse aquele.

+ E a maior desilusão nestes anos no Benfica?

JR - Não consigo enquadrar nenhum resultado desportivo como uma desilusão. Tudo o que aconteceu de menos positivo foi porque tinha de ser assim.

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“NOS ÚLTIMOS ANOS NÃO FOI NO CONFRONTO DIRETO QUE SE DECIDIU O LUGAR FINAL DA FASE REGULAR. RESPEITAMO­S TODOS...”

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