Um olhar clínico definiu caminho
DAS BANCADAS, COMO ADEPTA, PASSOU A ‘CHEFE’ DOS CRAQUES, MAS ANTES TAMBÉM JOGOU NA EQUIPA FEMININA DO BAYERN
Uma vida dedicada ao clube dos seus amores. Das bancadas, passando pelos relvados, à ‘Chefe’ que os jogadores do Bayern Munique respeitam. E não se duvide de que seja para menos. Kathleen é ‘bávara’ desde sempre. Na infância habituou-se a ir ao estádio na companhia do seu pai e irmão e, quando atingiu a maioridade, numa escolha entre o karaté e o futebol, optou por ir à luta e juntar-se à equipa de futebol feminino do emblema de Munique. Dentro das quatro linhas era médio, mas a julgar pelo que faz agora talvez se imaginasse como uma convincente polivalente, e a fita que usava na cabeça remete para essa ideia. Jogou até aos 24 anos, altura em que decidiu que o melhor seria arrumar as botas porque “tinha pouco dinheiro no bolso” e dedicar-se a algo que lhe desse uma maior recompensa financeira. Na busca pela solução começou por aplicar-se nos estudos em Administração Internacional, ao mesmo tempo que colaborava logisticamente com a equipa feminina do clube. Um olhar clínico que acertou na muche e a recompensa não tardou. A antiga futebolista começou a sorrir à mudança a que quis propor-se quando Christian Nerlinger assumiu o cargo de diretor desportivo e procurava um assistente: e lá estava ela. “Sempre quis trabalhar no mundo do desporto, mas fui muito realista desde o início, sabia que o ramo é muito atraente e que há poucos empregos para muitos candidatos. Poder trabalhar no desporto que gosto e no meu clube é como ganhar a sorte grande”, admitiu.
Uma sorte grande que ainda se banhou a ouro. A recém-promovida a assistente convenceu e em 2012, com apenas 27 anos, subia ao cargo de chefe de equipa aquando da saída de Nerlinger, que até ameaçou, em tempos, abandonar o clube caso Kathleen fosse afastada. E há muito que é carinhosamente conhecida como ‘Chefe’ pelos jogadores do colosso bávaro.