EWAN DÁ LIÇÃO DE SPRINT
Australiano deixa-se ficar estrategicamente para trás, para depois atacar de forma letal
ç Depois de na véspera ter sido o último (!) a terminar, a cerca de 30 minutos do vencedor, Caleb Ewan foi ontem o primeiro a cortar a meta, depois de dar uma autêntica lição de sprint, mesmo estando com poucos elementos da sua equipa (Lotto Soudal), depois dos abandonos de Philippe Gilbert e John Degenkolb, que seria o lançador do australiano de 26 anos. Mas fruto de um sprint inteligente, Ewan inventou espaço para furar entre os favoritos, surpreendendo o bem lançado Sam Bennett e o campeão europeu Giacomo Nizzolo (NTT) sobre a meta, para celebrar a seu quarto triunfo da carreira no Tour: em 2019 tinha vencido três etapas, sendo que a derradeira foi nos famosos Campos Elísios.
“No último quilómetro, estava demasiado na frente, então recuei para ficar na roda, o que me deu tempo para descansar as pernas um pouco antes do último esforço. Descobri o meu caminho entre as rodas, vir de trás é um pouco arriscado, encontrei espaço ao longo das barreiras, apareci com muita velocidade e resultou!”, explicou Ewan: “Com as desistências, a equipa ficou um pouco abalada mas rapidamente recuperámos o foco e queremos fazer um bom Tour.” No pelotão, com o mesmo tempo do vencedor, chegou o camisola amarela Julian Alaphilippe (Deceuninck), seguido pelos seus perseguidores na geral: o britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott) e o suíço Marc Hirschi (Sunweb). “Quero aguentar de amarelo o máximo de dias. Amanhã [hoje] será um duro teste mas vou tentar seguir na frente”, comentou o líder da classificação geral.
Nelson Oliveira sobe para 61.º
Já Nelson Oliveira (Movistar), único português em competição, foi 47º na etapa e está agora na 61ª posição na geral (subiu duas posições), a 8.56 minutos do líder. O ciclista luso voltou a estar concentrado na proteção do seu líder, Alejandro Valverde.
A 3ª etapa ficou ainda marcada pela queda de Anthony Perez (Cofidis), que se preparava para ser o novo líder da camisola da montanha: o francês furou e, de seguida, embateu num carro da Cofidis, abandonando a prova com uma clavícula partida.
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